Que M€erd@ Se Entende Por “Acertos”?

Professores: negociações terminaram sem acordo, mas diploma sobre tempo de serviço ainda poderá sofrer “acertos”Professores: negociações terminaram sem acordo, mas diploma sobre tempo de serviço ainda poderá sofrer “acertos”

Chegou ao fim, nesta sexta-feira, o processo negocial iniciado a a 15 de Dezembro passado sobre a recuperação do tempo de serviço prestado pelos professores durante o período de congelameno das carreiras. Nada mudou: o Governo só vai recuperar dois anos, nove meses e 18 dias dos mais de nove anos exigidos pelos sindicatos de professores.

Vamos lá comentar a coisa com poucos filtros.

Quem negoceia isto é a SE Leitão, aliada à equipa das Finanças e Orçamento, que foi promovida dentro do PS para o combate político pré-eleitotal. O SE Costa continua em tournée nacional com o objectivo de ganhar o prémio Mister Simpatia junto da corte de platinadas rendidas à flexibilidade, O ministro cumprirá o mandato a caminho do olvido, mas parece que lhe chegam as viagens.

Isto é triste, para não dizer deprimente.

Os únicos profissionais em tudo isto, são os líderes sindicais em formato vitalício que nos indicam o caminho da “luta”. Eles, claro, nunca serão responsáveis por nada que corra mal. O “insucesso” será apenas nosso e nisso lembram-me os ministros.

A carne para canhão são os professores, ou docentes ou educadores ou o raio que nos parta no papel de figurantes numa peça de péssima qualidade dramática.

Turd

(e quem me acusar de “anti-sindicalismo” que se veja ao espelho e diga o que fez de concreto, sem ser no rebanho, em defesa da “classe”)

Pelo Menos a Pseudo-Flexibilidade Oficial, Porque Flexíveis Já Nós Somos Muito, Apesar do Envelhecimento Articular e Muscular

E mandar a flexibilidade à fava?

Eu acrescentaria que é escassa compensação ter visitas de vipes só porque se enuncia e anuncia que se é muito flexível e coiso e tal, quando tudo se resume a umas quantas turmas em que se faz o que se podia fazer ou já se fazia antes de tanto arraial. Embora seja verdade que relações de simpatia com alguns governantes facilitem a rápida resolução de certos “problemas” através da chamada “via directa”. Ou “boa imprensa”.

Já agora, gostaria de repetir pela enésima vez a fórmula:

(flexibilidade + pedagogia diferenciada) ≠ (grelhas por atacado + reuniões às paletes + fazermos todos quase tudo ao mesmo tempo porque é preciso ensinar tudo a todos + “formações” formatadas)

Classroom1

 

Ainda as Juntas Médicas

Estão a ser mandad@s de volta para as escolas pessoas que até um cego veria que não estão em condições mínimas para leccionar. Mas os 30 dias que regressam fazem com que quem @s substitui seja mandado embora e depois, até se conseguir nova substituição são pelo menos 2 semanas ou mais, até porque há grupos em que já existe dificuldade em encontrar gente disponível nas RR. Poupa-se 1-2 meses de salário de um@ professor@ contratad@, obviamente em defesa do “interesse dos alunos” e da “qualidade da escola pública”. Se falarem com alguém do ME, dirá que é tudo culpa dos procedimentos legais, sendo que antes dos tempos dos computadores e das regras “centralistas”, era chegar à lista ordenada e fazer um telefonema, só seguindo carta para formalizar as coisas.

Isto não é um assunto de Direita/Esquerda mas apenas de uma enorme subserviência ao binómio Défice/Estupidez.

Mad doctor