O fórum da TSF de hoje é sobre as redes sociais e as fake news e os seus perigos para democracia. Parece que a coisa assusta agora que a extrema-direita tomou de assalto a produção de conteúdos falsos ou distorcidos sobre a realidade. Mas, há mais de uma década, muita desta gente agora preocupada aceitou sem grande preocupação analítica ou crítica os dossiers de materiais trabalhados pela central comunicacional do engenheiro que se não eram (ou deram origem a) notícias falsas, pelo menos eram truncagens grosseiras dos factos. Assim como também é uma variante de fake news, as notícias “plantadas” em órgãos de comunicação social amiguinhos e que tratavam com despudor quem ousasse desmontar a falsidade de muita “informação”.
Levei anos do Umbigo, até me cansar e achar que a vaga já era demasiada, de todos os lados, a desmontar muitas das falsidades que alguns “jornalistas” (incluindo no grupo que agora parece incomodado com estas coisas) se divertiam em ampliar ou em colocar nas primeiras páginas em troca não sabemos bem do quê (isso foi bem apagado com o desaparecimento da famosa lista com cerca de uma centena de nomes que estariam na lista de avenças de certos ddt´s). Há uns meses voltei ao tema, relembrando que o assunto já era lá fora uma matéria bem conhecida e analisada.
Chegam agora ao assunto porque começam a acumular-se os casos? A Fox News, o site Breitbart e a ascensão do Tea Party e de Trump fizeram soar o alarme? Mas quando as coisas partem de outras origens já não assustam, só por serem feitas de forma menos grosseira, inserindo detalhes claramente falsos em notícias aparentemente fidedignas?
Fico sempre hesitante perante a intensidade destes cristãos-novos porque sei que a sua convicção na causa é muito relativa, pois depende do sentido do vento.

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