A regra é fingir que não escutam, esperando que passe. Já passaram três anos e o novo OE está garantido porque cada muleta da geringonça tem as suas prioridades e nenhuma dela passa por aqueles que têm uma carreira e estão no activo. Para quem criticava os outros por darem cabo dos serviços públicos, quando por cá andava a troika, não se ficam muito atrás.
Parece evidente que a teoria dos “privilegiados” (professores, enfermeiros, polícias, etc) tem mais adeptos do que se pensaria. Que acham que basta repor um subsídio que desaparece no saque fiscal directo e indirecto para ficarmos felizes. Só falta virem com aquela de perguntar quanto queremos pagar de impostos pelos serviços públicos. Mas basta ir, por exemplo, a um Centro de Saúde para se perceber o descalabro em que continua o SNS. Quanto aos polícias… pode ser que tenham a sorte dos militares. Afinal, têm ar, sem sinais de reversão, mas e o que mais termos é políticos que se borram de medo com uns apertos a sério.