… e formos analisar as causas do ano de “atraso” e do “chumbo”? E se forem alunos que já fizeram o Básico com imensas dificuldades ou – blasfémia! – mesmo com imenso desinteresse?
Desde quando desistimos de toda um leque de explicações só porque deslocam a responsabilidade do insucesso para os próprios alunos? A que ponto vamos chegar nessa truncagem da realidade?
Basta entrar no secundário um ano mais tarde para o insucesso duplicar
Sim,muito haveria a dizer…
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Pensar fora do politicamente correcto? Já tentei uma vez. Não consigo.
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Querem passar todos? Sucesso a rodos? Então, assumam! Recuperem as passagens administrativas do 25 de abril e assinem por baixo. E parem já com os esquemas todos de pressão e perseguição sobre os professores. Eu nunca aprovarei um aluno que não atinja os objetivos mínimos. Ou melhor, se o fizer, terá de ser mediante ordem por escrito assinada por superior hierárquico. E, ainda assim, a coisa não vai ser pacífica, garanto…
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“Entre os que iniciam este ciclo na idade normal, aos 15 anos, isso só acontece com 27%. Portanto, basta um ano para fazer duplicar o insucesso.”
Só que o estudo não contempla uma realidade que, infelizmente, é muito comum… Por exemplo, que, se não fosse a pressão do sucesso (ou a sua fabricação), uma boa parte dos alunos ficaria retido mais do que uma vez ao longo do ensino básico; que, por norma, um aluno que fica retido é porque tem muitas dificuldades e/ou muito desinteresse.
Todos sabemos que no contexto descrito um aluno tem que se esforçar muito para reprovar. 😊
Comparar o ensino regular com o ensino profissional? Só pode ser brincadeira… Que treta de metodologia de análise…
Quem já deu aulas a turmas do ensino profissional sabe muito bem quais são as ‘regras do jogo’: os alunos ou passam, ou passam. Poupem-me.
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Um dia isto tem que mudar, e já não somos só nós a afirmá-lo. Os alunos que querem trabalhar estão fartos de ter colegas que não têm interesse nenhum em estar lá e que impedem os outros de aprender. Nas Humanidades é um horror. E a impunidade é total. Faltas disciplinares que não têm quaisquer consequências e tem que se aguentar essa gente o ano inteiro: sem livros, sem cadernos, sem postura, sem sumários, sem nada. Sobra o péssimo comportamento.
” Estou aqui obrigado”, justificam-se.
Até quando?
Não é só o politicamente correcto. É a insensatez mais absoluta; o desperdício de recursos humanos e outros; o desrespeito por quem quer ensinar e por quem quer aprender.
É a única maneira de salvar o ensino público. Manter o nível, a exigência, o rigor.
Nós não temos que adaptar o ensino e a avaliação aos alunos. Ao contrário, são eles que tem que ser capazes, ou não, de se adaptar às exigências do ensino secundário. Quando não são capazes, têm que seguir outras vias.
E é preciso acabar com esta ideia gaga que se instalou de achar que o secundário serve para preparar os alunos para os exames.
Está tudo errado.
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… o meu comentário não aparece, Paulo. Algum problema?
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Já apareceu. Como acontece com alguns de outros comentadores, de quando em vez vão para ao spam ou aos pendentes sem eu perceber a razão.
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Ok. Obrigada.
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