Com A Viagem das Borboletas, uma estreia… a continuar o roteiro das leituras pelo agrupamento… desta vez só ficou o 2º ano de fora…
Mês: Novembro 2018
Pelo Educare
Em devido tempo, publicarei a versão extensa que serviu de base à comunicação no CNE, na passada 2ª feira.
Uma Mistura Explosiva – Parte II
A “Sociedade do Conhecimento” torna-se, mesmo em países desenvolvidos, uma Sociedade da Ignorância que promove a exclusão do que é encarado como ameaçador. A Crença (irracional) supera a Ciência (racional). As soluções autoritárias baseiam-se nos medos irracionais e promovem discursos activamente anti-científicos. Apaga-se a Memória e faz-se acreditar que é possível recomeçar, todos os dias, em cada aula.
A Descarada Mentira Na Casa da Democracia
Demasiado mau… mesmo demasiado mau… na declaração de voto de um deputado que se gosta de apresentar como “técnico” e deve saber o que quer dizer exactamente “retroactivos” para a generalidade da população. “Desalinhado”?
Caro Paulo Trigo Pereira, shame on you.
(se PTP alegar, com o natural descaramento do situacionismo costista, que está a usar o termo no sentido de “acção sobre o passado” isso é tão válido para os 9 anos, 4 meses e 2 dias como para os 2 anos, 9 meses e 18 dias)
Fosse Eu Associado E Já Saberia Há Muito Que O Orçamento Seria Aprovado
Mão amiga (com sorriso malandreco) fez-me chegar ontem o Escola-Informação do SPGL do mês de Outubro que traz o artigo que reproduzo em baixo. Ou seja, muita gente andou a pensar que poderia acontecer o impossível. Para além isso, o autor (Miguel André?) explica-nos como a visão sindical compreende que o “bem maior” nacional se faça sobre o sacrifício dos interesses “particulares”. Confesso que é coerente com a matriz ideológica subjacente de que a Nação está acima dos indivíduos e que há quem saiba definir o “interesse geral” que, pelos vistos é incompatível com as reivindicações dos professores ou com o sector da Educação.
O que me deixa com uma dúvida… se os interesses “particulares” dos professores contrariam o “interesse geral”, por que raio de “causa” andamos a “lutar”? Uma que será contrário ao bem comum da Nação?
Sim, camaradas, ensinem-me o caminho e esperem que vos siga.
A Náusea
Total e absoluta, seja a ideia, seja a esfarrapada justificação.
Pela manhã:
Governo dá ordem para que alunos mais pobres só recebam bolsas de mérito pela metade
À tarde:
Nuvens
Soa-me a Beirut, mas isso não é mau…
Entretanto, Pelos Açores…
Governo dos Açores também vai recuperar na íntegra tempo de serviço dos professores
O presidente do PS e do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, afirma que decisão é uma recusa do “pântano de indefinição” que está criado no Continente.
A Sério…
… é um bocado para o chato um tipo fazer tudo o que pode no seu trabalho – que não é estar sentado a fazer telefonemas e trocar mails com os amigalhaços, desculpem, as “fontes” – e ligar a televisão ou abrir um jornal e aturar pessoal que não faz nada de realmente produtivo, excepto manter-se nas boas graças do chefe balsemânico, a largar bitaites sobre o perigo que representa para a nação e para as finanças cósmicas o ser contado o tempo de serviço que se prestou. Se lá na impresa, desculpem, na empresa começaram a fechar mais os cordões à bolsa e já não é a tripa-forra de há uns anos e isso traz um certo azedume à boca? Acredito. Assim como acredito que a simplismos nem sempre se deve responder na mesma moeda, mas por vezes o neurónio fraqueja e riposta-se na mesma moeda fraca dos monteiros, costas, ferreiras & companhia. Sim, é simplista dizer que eu consigo fazer o vosso trabalho, provavelmente com maior rigor e respeito pelos leitores e pela informação da opinião pública do que vós, mas a sério que acredito que vocelências não conseguiriam fazer o meu, em especial se apanhassem duas das minhas actuais turmas numa semana média. Sim, isto é capaz de ser demagógico. Ou não. Sim, sei que irrita ler coisas destas, mas acreditem que me irrita de igual forma ler-vos anos a fio a destilar sempre a mesma conversa da treta. E o mais interessante é que eu vos leio (ou vejo) na vaga esperança de que a senilidade seja melhor do que a vossa idade madura. Espero, desespero, mas leio-vos na esperança que sejam aquilo que dizem ser ou de que têm carteira profissional (em alguns casos, em outros nem isso). É chato que um gajo que desconhecem, com quem nunca partilharam um almoço daqueles memoráveis ou uma tertúlia bem regada e fumada vos moa o juízo e vos trate de uma forma pouco respeitosa. Mas é apenas porque se tornaram pouco respeitáveis. Porque criticam a pós-verdade, mas praticam-na. Porque se queixam do populismo das redes sociais, mas vão atrás do estilo. Porque mesmo quando escrevem com vírgula certa, raramente se interrogam. Porque exclamam muito, apresentam muitas reticências, mas a substância é nula ou de encomenda.
Se há gente boa no mundo da comunicação tradicional “de referência”? Sim, imensa, como entre a minha profissão que adoram destratar e menorizar como se fossem superiores à arraia miúda. Mas pouca chegou ao topo dos cabeçalhos ou a páginas inteiras logo ali a abrir. Quem chegou a general não foi por ser o melhor no campo de batalha, mas sim porque deixou os outros a queimar-se nesse mesmo campo de batalha. Do “terreno” têm uma memória difusa, de façanhas passadas, que contam e recontam até à náusea na falta de um presente. Sim há muito precariado privado, mas vocelências têm camarote vitalício, desde que alinhem pela linha certa. E como aprenderam a alinhar… Já foi há tanto tempo que já vos está impregnado a tal ponto que julgam ser a própria natureza. Acho que não existem dúvidas que a desafeição é mútua. Mas de vez em quando gosto de escrever estas coisas só para renovar a evidência que não, nunca quis ser um de vós porque isso me embaraçaria. Embora eu bem saiba que há muito perderam a capacidade para se embaraçarem ou para sequer entenderem do que estou agora mesmo a escrever.
A crise da imprensa tradicional não é culpa das “redes sociais”, dos “leitores”, dos “fracos hábitos de leitura”. É vossa. É uma crise de credibilidade que andam a combater da forma errada, chegando tarde à denúncia do que está mal na comunicação social. A vossa “auto-avaliação” é pior do que a que criticam a outros. Os vossos “resultados” estão à vista de todos, por muito que os encubram com mantos de superioridade ética.
Podia continuar… poderia escrever a metro, com a vantagem de que não preciso de o fazer para agradar ao patrão. Parágrafos atrás uns dos outros, sem avença, sem contrato free lancer. Porque acredito no que escrevo e não apenas porque convém. Porque o faço por gosto e não por me abanarem a trela. Porque a minha auto-estima nunca dependerá da validação da brigada dos paralíticos. Ainda se lembram quando eram assim, se algumas vez o foram?
Ahhh…. sim, a velha arrogância. Sabe bem, não sabe? Em especial em [pi-pi-pi] alheio.
(compro jornais desde 1983… em barda, acreditem que também já ajudei a pagar-vos – aos mais antigos, a muitos daqueles que vi passar de jornalistas a outra coisa – uns quantos salários, mesmo contando os tempos milionários dos “senadores”)
Os Sete Anões Do Mais Branco Que A Neve
É difícil encontrar central de comunicação mais alinhadinha quando se trata de malhar nos do costume e nos seus alegados “privilégios”, nem que seja malta de charuto e uísque velho a lamentar os desempregados e sem-abrigo ou em sofá de boa pele e brandy aquecido a perorar sobre os precários privados como se de “indignados” se tratassem. E parece que ainda há quem ressuscite aquela dos “retroactivos”