… mas só me ocorre o termo palhaçada para muito do que se está a passar em matéria de Educação e faz lembrar o pior da falta de decoro em tudo isto. Se vai ser a equipa da doutora Ariana (falta o doutor Trindade, será que aparece numa segunda fase da avaliação?) a auto-avaliar o projecto de flexibilidade e autonomia curricular que ajudou a definir, com um enquadramento teórico razoavelmente ultrapassado (basta começar a ler a introdução para nos “localizarmos” na segunda metade dos anos 80 do século XX), só falta mesmo que o David Rodrigues coordene a equipa que venha a fazer a avaliar a implementação do regime jurídico da educação inclusiva. Já estou por tudo. Como nos tempos daquelas avaliações da equipa do Roberto Carneiro às Novas Oportunidades. Estou cansado de moderar apreciações… apesar das “aparências” de rigor, com quadros e estatísticas e tal, o relatório que divulguei uns posts abaixo é mais uma peça de “missionação” do que um olhar “científico” sobre o que é estudado.
A passagem que se segue faz-me recuar ao tempo em que estas teses ainda sobreviviam quando fiz a profissionalização, a terminar o século XX.
Assim, mais do que medir, descrever ou julgar (Guba e Lincoln, 1989), pretendia-se contribuir para estimular os atores educativos no terreno, levando-os a participar nesse processo de modo a que, como defendia Kemmis (1988), a avaliação possa ser entendida como um processo através do qual se projetam, obtêm, conferem e organizam informações e argumentos que resultam da reflexão sobre o problema em debate. (p. 5)
Repito… alguém que defende este tipo de abordagem à “avaliação” de políticas educativas tem moralidade para impor qualquer espécie de avaliação aos outros?