Soa-me a Beirut, mas isso não é mau…
Dia: 29 de Novembro, 2018
Entretanto, Pelos Açores…
Governo dos Açores também vai recuperar na íntegra tempo de serviço dos professores
O presidente do PS e do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, afirma que decisão é uma recusa do “pântano de indefinição” que está criado no Continente.
A Sério…
… é um bocado para o chato um tipo fazer tudo o que pode no seu trabalho – que não é estar sentado a fazer telefonemas e trocar mails com os amigalhaços, desculpem, as “fontes” – e ligar a televisão ou abrir um jornal e aturar pessoal que não faz nada de realmente produtivo, excepto manter-se nas boas graças do chefe balsemânico, a largar bitaites sobre o perigo que representa para a nação e para as finanças cósmicas o ser contado o tempo de serviço que se prestou. Se lá na impresa, desculpem, na empresa começaram a fechar mais os cordões à bolsa e já não é a tripa-forra de há uns anos e isso traz um certo azedume à boca? Acredito. Assim como acredito que a simplismos nem sempre se deve responder na mesma moeda, mas por vezes o neurónio fraqueja e riposta-se na mesma moeda fraca dos monteiros, costas, ferreiras & companhia. Sim, é simplista dizer que eu consigo fazer o vosso trabalho, provavelmente com maior rigor e respeito pelos leitores e pela informação da opinião pública do que vós, mas a sério que acredito que vocelências não conseguiriam fazer o meu, em especial se apanhassem duas das minhas actuais turmas numa semana média. Sim, isto é capaz de ser demagógico. Ou não. Sim, sei que irrita ler coisas destas, mas acreditem que me irrita de igual forma ler-vos anos a fio a destilar sempre a mesma conversa da treta. E o mais interessante é que eu vos leio (ou vejo) na vaga esperança de que a senilidade seja melhor do que a vossa idade madura. Espero, desespero, mas leio-vos na esperança que sejam aquilo que dizem ser ou de que têm carteira profissional (em alguns casos, em outros nem isso). É chato que um gajo que desconhecem, com quem nunca partilharam um almoço daqueles memoráveis ou uma tertúlia bem regada e fumada vos moa o juízo e vos trate de uma forma pouco respeitosa. Mas é apenas porque se tornaram pouco respeitáveis. Porque criticam a pós-verdade, mas praticam-na. Porque se queixam do populismo das redes sociais, mas vão atrás do estilo. Porque mesmo quando escrevem com vírgula certa, raramente se interrogam. Porque exclamam muito, apresentam muitas reticências, mas a substância é nula ou de encomenda.
Se há gente boa no mundo da comunicação tradicional “de referência”? Sim, imensa, como entre a minha profissão que adoram destratar e menorizar como se fossem superiores à arraia miúda. Mas pouca chegou ao topo dos cabeçalhos ou a páginas inteiras logo ali a abrir. Quem chegou a general não foi por ser o melhor no campo de batalha, mas sim porque deixou os outros a queimar-se nesse mesmo campo de batalha. Do “terreno” têm uma memória difusa, de façanhas passadas, que contam e recontam até à náusea na falta de um presente. Sim há muito precariado privado, mas vocelências têm camarote vitalício, desde que alinhem pela linha certa. E como aprenderam a alinhar… Já foi há tanto tempo que já vos está impregnado a tal ponto que julgam ser a própria natureza. Acho que não existem dúvidas que a desafeição é mútua. Mas de vez em quando gosto de escrever estas coisas só para renovar a evidência que não, nunca quis ser um de vós porque isso me embaraçaria. Embora eu bem saiba que há muito perderam a capacidade para se embaraçarem ou para sequer entenderem do que estou agora mesmo a escrever.
A crise da imprensa tradicional não é culpa das “redes sociais”, dos “leitores”, dos “fracos hábitos de leitura”. É vossa. É uma crise de credibilidade que andam a combater da forma errada, chegando tarde à denúncia do que está mal na comunicação social. A vossa “auto-avaliação” é pior do que a que criticam a outros. Os vossos “resultados” estão à vista de todos, por muito que os encubram com mantos de superioridade ética.
Podia continuar… poderia escrever a metro, com a vantagem de que não preciso de o fazer para agradar ao patrão. Parágrafos atrás uns dos outros, sem avença, sem contrato free lancer. Porque acredito no que escrevo e não apenas porque convém. Porque o faço por gosto e não por me abanarem a trela. Porque a minha auto-estima nunca dependerá da validação da brigada dos paralíticos. Ainda se lembram quando eram assim, se algumas vez o foram?
Ahhh…. sim, a velha arrogância. Sabe bem, não sabe? Em especial em [pi-pi-pi] alheio.
(compro jornais desde 1983… em barda, acreditem que também já ajudei a pagar-vos – aos mais antigos, a muitos daqueles que vi passar de jornalistas a outra coisa – uns quantos salários, mesmo contando os tempos milionários dos “senadores”)
Os Sete Anões Do Mais Branco Que A Neve
É difícil encontrar central de comunicação mais alinhadinha quando se trata de malhar nos do costume e nos seus alegados “privilégios”, nem que seja malta de charuto e uísque velho a lamentar os desempregados e sem-abrigo ou em sofá de boa pele e brandy aquecido a perorar sobre os precários privados como se de “indignados” se tratassem. E parece que ainda há quem ressuscite aquela dos “retroactivos”