Já passou pela indiferença em relação às críticas, como se não existissem. Depois, os casos foram-se acumulando em diferentes áreas da governação. A permanência de uma lógica de Estado Mínimo, em pouco diverso do pafismo de Direita, tem custos, como sabemos desde as experiências que se sucederam desde os anos 80 e 90 em países como a Inglaterra, em que Blair não reverteu propriamente aquilo que Thatcher e Major tinham feito, destruindo serviços públicos ou preocupando-se mais na sua instrumentalização a baixo custo. Em caso de necessidade, os críticos seriam imediatamente associados ao tempo anterior de Passos/Portas e seriam necessariamente de “Direita”.
No caso da Educação, esta estratégia teve sempre como elemento central a explícita ou implícita tentativa de associação de qualquer crítico aos tempos de Nuno Crato e ao “mais com menos”, mesmo quando o novo poder anda há três anos exactamente a pedir a mesma coisa, que se faça mais e mais com o mesmo ou menos.
Mais recentemente, em virtude da acumulação de disparates, a reacção tornou-se mais nervosa e, fazendo lembrar outros tempos, passa por domesticar alguma comunicação social, beneficiando da situação de crise dos media tradicionais, assim como pelo lançamento de lama no ventilador acerca de quem se mantém mais chato em algumas críticas. Mesmo que as faça com dados concretos, diz-se que são “insinuações”. Quando se pede que exista contraditório a afirmações lançadas sem que se perceba a substância, acusa-se que o faz de não ter credibilidade, de ser isto e aquilo e ainda aqueloutro. Mas quase sempre por interposta pessoa ou por meios que, no mínimo, são eticamente vergonhosos. Para ver se “abafam o ruído”.
Exemplificando: eu escrevo o que tenho a escrever, com o meu nome e cara e só não coloco mais notas de rodapé e links nos artigos que escrevo porque isso não é muito “legível”. Já disse e repeti que não pretendo o lugar que alguém ocupe ou queira ocupar. Gosto de ser professor, por muito que tentem destruir as condições em que exerço a docência. Pelo contrário, existem criaturas virtuais que enviam mails a espalhar mentiras objectivas em várias direcções, insinuando conspirações diversas, intenções ocultas terríveis. Levei semanas a aturar uma dessas criaturas a tentar tudo para eu alinhasse numa estratégia de “destruição pessoal e familiar” de alguém que costumo criticar, em troca de informações erróneas que me apresentavam como “segredos bem escondidos”. Só quando respondi repetidamente que não alinho nesse tipo de estratégia é que desistiram. Então passaram para outra fase… a de me enlamearem a mim, pessoal e profissionalmente, com a alegre colaboração de geringoncistas da luta permanente. Ainda há dias, alguém presente nas reuniões de certas plataformas me contou o tempo perdido a dirigirem-me ofensas em vez de se fazerem espertos e deixarem de ser enr@b@d@s a sangue frio pelo Centeno à vista de todos.
Calma, malta.
Calma.
Respirem fundo.
Aguentem-se ao barulho e tentem não usar truques tão sujos. Porque andam a entrar por caminhos que em pouco se distinguem daquilo que dizem criticar.
Não espalhem tanto a sombra.
Longe ou perto.
E eu percebo quando tentam chegar perto. Para intimidar. Na sombra. Porque, em regra, sois cobardes.
Não tenham medo de debater à luz do dia, sem ser numa posição duplamente privilegiada, pois têm acesso exclusivo a informações que cá fora não se sabem e têm o poder de oferecer contrapartidas aos vossos apoiantes.
Eu sei que a escrita desalinhada ainda vos incomoda, em especial quando tem do seu lado algo de mais concreto do que chavões mal aprendidos, mas… eu prometo que um dia digo que o imperador ou vizir ou rei ou ministro vai ricamente vestido. Sem ser preciso tença, ok?

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