Continua a discutir-se, com os “actores” a dizerem uma coisa e a praticarem outra. Os “especialistas” próximos do PS e não só, sempre gostaram de criticar o choque da transição da monodocência para a pluridocência entre o 4º e o 5º ano. Mas mal chegaram ao poder atomizaram ainda mais o currículo. No 2º ciclo, Um Conselho de Turma podia ser formado por 6-7 professores de 9 disciplinas. Agora podemos chegar às 11-12 disciplinas ou áreas, quantas vezes com 10 docentes. Já o 1º ciclo, embora formalmente em monodocência, chega a ter 3-4 professores ou mais, devido à fragmentação de áreas e expressões. O 3º ciclo entrou num total delírio que pode chegar às 14 disciplinas.
A incoerência é total, entre discurso e prática, em especial quando se trata de modas ou de alimentar clientelas. Se é necessário mudar uma escolaridade obrigatória de 12 anos que tem 4 ciclos distintos? Sim, mas receio muito que a tendência seja para o agravamento da infantilização dos conteúdos de um primeiro ciclo de estudos mais alargado (e incluindo um ano de pré-escolar), em nome de “competências” que se definem a gosto. Em que saltar à corda vale tanto ou mais do que saber a tabuada ou ler com fluência, porque agora tudo se equivale e quem ousar ir contra este estado de coisas é porque é um elitista que ficou parado num século qualquer e não percebe que aprender é brincar, se possível só com esforço se for para atingir os parâmetros dos testes do FITescola (sim, continuo a embirrar com a tomada de assalto do currículo pelos pseudo-salvadores do futuro da saúde nacional).
E quando me exemplificam com os casos de alguns países estrangeiros, fica sempre aquela questão: e o resto?
A rapaziada da p’lítca assassinou duas vezes a memória do Veiga Simão. Depois de lhe terem assassinado a obra com a diluição da Lei n.º 5/73, de 25 de Julho (uma lei de bases do sistema educativo a sério quanto à articulação de conteúdos, quanto à base pedagógica e quanto à implementação no terreno) em derivações pesporrentas e idiotas, assassinaram a memória do HOMEM fazendo dele, já velho e algo senil, ministro da defesa (ou do interior).
O pobre homem está hoje está associado ao eduquês bacoco e ao escandalo dos espiões.
Que piolheira de classe política a que temos. Uma coisa triste.
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Isto para dizer que seria bom que a rapaziada das Eses, das pedagogias e dos eduqueses lessem esta Lei 5/73 de que tantos falam, mas que poucos leram (ou pelo menos: que poucos leram com o cuidado de querer mesmo ler).
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😉
Na mouche !
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Ter a pretensão de operar uma reorganização do currículo para teoricamente o simplificar, mas engordando-o, é um fenómeno muito perto do paranormal.
Ou não sabem o que querem fazer do ensino ou, contrariamente, sabem muito bem, ou seja, é um modo encapotado (‘inocente’) de destruir a escola pública.
No meio do desvario, professores e alunos pagam e pagarão a fatura. Com o tempo, a sociedade pagará outro tipo de fatura…
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Está na altura de reduzirem disciplinas e respectivos professores. Uma escola mais magra em disciplinas e professores. Todos ficavam a ganhar!
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Talvez seja melhor emagrecer as escolas, por exemplo fechando-as todas. Assim não havia nem excesso de disciplinas nem professores a mais, acabava-se com o problema do insucesso e diminuía a despesa pública. 😑
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Já alguém que desejou impludir o min edu… e não foi assim em tempos muito idos…😨
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É … deveria existir só 1 prof modificado geneticamente com um super cérebro. O país e as bolsas financeiras ficariam a ganhar.
Os que sobravam, genocídio com eles.
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