Nada impedia as inspecções de assistir a aulas quando se deslocava às escolas. Posso mesmo exemplificar com a ida a salas de aula na mais recente avaliação feita no meu agrupamento. Não estiveram lá o tempo todo, mas isso também era capaz de ser chato. O que é mais preocupante neste anúncio não é, portanto, a “observação de aulas por parte de elementos exteriores à escola”, mas sim a seguinte parte:
A definição de “perito externo” não existe, pelo que pode ser qualquer pessoa de fidelidade costista, arianista ou verdasqueira que seja seleccionado num qualquer departamento de educação de uma ese ou universidade às moscas. Pode sempre ser alguém como aquel@s professor@s dos tempos da minha profissionalização, em que num caso tinha menos habilitações do que eu e no outro dava aulas por igual desde malta de Informática e Música a Inglês e História, passando pelo que calhasse. Por vezes fala-se em “reconhecido mérito”, mas eu dava tudo para me aparecer um daqueles cromos que só sabe a sebenta que ensina e nada mais, parecendo uma rtestemunha de jeová a patinar se começarmos a questioná-los a sério sobre as sagradas escrituras.
Nuno Crato falou na IGE dos tempos de Sócrates/MLR como “comissários políticos” enviados às escolas. Nos tempos de Costa&Costa (o Tiago desconta tudo na equação, nem chega a elemento absorvente) termos “comissários pedagógicos” ou “comissários da inclusão” que, a avaliar pelas formações que por aí andam, têm a flexibilidade e abertura de espírito de um muro do trump.
Mas vou repetir… isto já podia ser assim. Agora apenas mudará o facto de ser obrigatório, modelo único para que a palavra de Costa, Cosme & Rodrigues se faça Verbo em todas as Salas de Aula da Nação.
Aviso já. Se alguém entrar na minha sala de aula, que venha preparado para ser chamado a recapitular a matéria dada. Preparado para ser questionado e avaliado, perante os seus pares em sala de aula, os alunos😈
Boa, Manuel!
Uma menina na casa dos vinte, empenhada no seu doutoramento, muito dona das suas convicções e com muitas certezas arianistas e verdasqueiras – Foi esta a “perita externa”que eu conheci na minha escola como estado a acompanhar o PAFC. Nunca deu aulas, só conhece a escola na teoria e de quando foi aluna, sabe-se lá onde e em que contexto!
LÁ VAMOS, CANTANDO E RINDO
LEVADOS, LEVADOS , SIM
PELA VOZ DO SOM TREMENDO
DAS TUBAS, CLAMOR SEM FIM.
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LÁ VAMOS, QUE O SONHO É LINDO!
TORRES E TORRES ERGUENDO.
RASGÕES, CLAREIRAS, ABRINDO!
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ALVA DA LUZ IMORTAL,
ROXAS NÉVOAS DESPEDAÇA
DOIRA O CÉU DE PORTUGAL!
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QUERER! QUERER! E LÁ VAMOS!
TRONCO EM FLOR, ESTENDE OS RAMOS
À MOCIDADE QUE PASSA.
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CALE-SE A VOZ QUE, TURBADA,
DE SI MESMA SE ESPANTA,
CESSE DOS VENTOS A INSÂNIA,
ANTE A CLARA MADRUGADA,
EM NOSSAS ALMAS NASCIDA.
E, POR NÓS, OH! LUSITÂNIA,
– CORPO DE AMOR, TERRA SANTA –
PÁTRIA, SERÁS CELEBRADA,
E POR NÓS SERÁS ERGUIDA,
ERGUIDA AO ALTO DA VIDA!
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QUERER É A NOSSA DIVISA.
QUERER PALAVRA QUE VEM
DAS MAIS PROFUNDEZAS RAÍZES.
DESLUMBRA A SOMBRA INDECISA
TRANSCENDE AS NUVENS DE ALÉM …
QUERER, PALAVRA DA GRAÇA
GRITO DAS ALMAS FELIZES.
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QUERER! QUERER! E LÁ VAMOS
TRONCO EM FLOR ESTENDE OS RAMOS
À MOCIDADE QUE PASSA.
LETRA: Mário Beirão, poeta português nascido em Beja
Música: Rui Correia Leite
.Pois isto já faltou mais… Entretanto o poeta Mário Beirão lá dá o nome a uma Escola EB 2, 3 de Beja.
A coisa vai-se compondo.
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