Há vários meses, em off, discutia com um articulista de “Direita” a obsessão que ele e alguns outros pareciam ter com os professores e contra as suas reivindicações. A resposta dele, a certa altura, só me surpreendeu pela metade e acho que já a citei nalgum post por aqui. Escreveu ele qualquer coisa como “tu não fazes ideia da malta de Esquerda que vos detesta”, acrescentando algo como “só que há quem não o queira assumir claramente em público”.
Ora bem, a São José Almeida deixou de ter esses problemas. Na boa tradição marxista (não sei se neo) os enfermeiros e professores fazem parte das classes privilegiadas e, portanto, qualquer tipo de “justiça” que pretendam leva com a falácia demagógica do “foram só vocês que sofreram?” Como se “justiça” e altruísmo fosse sofrer toda a gente o máximo. Sim, tenho gente amiga e mesmo parentes na comunicação social, sei que perderam muito do que tiveram em outros tempos. Isso justifica que todos tenhamos de levar pela medida grande, para que se sintam menos mal? O nivelamento pela mediocridade argumentativa e material não deveria ser a norma em gente que se quer inteligente. Mas a geringonça ideológico-comunicacional é isto.
Andam-lhe a faltar algumas leituras sobre o que é “absurdo” ou até sobre o “egoísmo”, embora as palavras em tempos de geringonça – como em tempos de troika, eu sei, ok? – passaram a ter apenas a membrana exterior e mais nada é reconhecível no seu interior.
São José Almeida, Público, 2 de Março de 2019
Estive a ver o programa Eixo do Mal, da passada quinta feira, e também foi clara a repulsa pelas reivindicações dos “privilegiados” dos professores.
GostarGostar
Como se aquelas tertúlias fossem de gente extremamente útil à sociedade…
GostarGostar
Só tu para me fazeres rir destas coisas 🙂
A São José, não conheço.
GostarGostar