Uma Manifestação Ordeira E Respeitadora

Pelo que me contam, como o S.TO.P. não faz parte da Plataforma, teve de desfilar no fim da manifestação de ontem e com ele algum pessoal que não agarrou nas bandeirinhas certas. Com a polícia (em regra gente simpática mas que segue ordens) logo atrás, a fechar, Faz lembrar aqueles cortejos do Antigo Regime com o monarca e família a abrirem e os mendigos, aleijados e senhoras de vida alegre a irem lá ao fundo para não pegarem doenças à gente de bem.  Pensando bem é mais seguro e corre-se menos risco de perdigoto ortodoxo.

Ovelhas

(ainda há quem ande a discutir números e mesmo quem ache que esta foi a mais grandiosa de todas porque – proporcionalmente – ultrapassaria a de há 11 anos; pessoalmente, interessam-me mais o impacto e a eficácia… )

17 opiniões sobre “Uma Manifestação Ordeira E Respeitadora

  1. Sim . Já estivemos mais longe de um novo “memorando de entendimento “.
    Até agora, tem sido um encher de balões (geram-se expectativas e entusiamos) e um esvaziar de balões logo de seguida (os memorandos, as pizzas, a interrupção da ‘luta’ para ir a banhos).
    Aguardemos pela ‘eficácia ‘.

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  2. estava composta mas longe em números daquela há 11 anos.
    além do plano politico, também no plano sindical, temos de lidar com o mal menor…

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  3. Já na última manifestação as ordens da organização foram as mesmas: S.TOP. no fim!
    Senti-me melhor, não levei com nenhuma bandeira na tola, ouvíamos as nossas próprias “palavras de ordem”, os agentes eram simpáticos , a paisagem mais visível à retaguarda…e como sempre, para o fim ficam os indomáveis e incontroláveis…
    … não é por acaso que a plataforma os ignora e o governo não os convoca (dizem que por não ter nº suficiente de associados… estranho…logo agora que tem mais associados esqueceram que no ano passado ainda reuniram com eles…supostamente, com menos associados)

    Que merda de combate às “fake news”… Tudo conversa para boi dormir!
    E … viva o controle e a manipulação da informação … nesta pseudo-democracia…

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  4. Florbela Mascarenhas

    Resposta aos colegas, que nas redes sociais, se têm mostrado indignados com os vídeos da manifestação de ontem, e que segundo palavras suas, parecemos estar em festa, não poderei de modo algum deixar de me pronunciar,
    O que vivemos ontem foi de facto atípico. Atípico no vivenciar a comunhão por um ideal, a união entre colegas, a vontade férrea de mudança, a luta pelo espírito missionário com que os Professores abraçam a sua profissão, a fé em que ainda será possível, assim o queiramos!
    E sim. Houve alegria sem dúvida!
    Alegria por constatarmos que todos quantos ali estavam, lutam pelo mesmo objetivo, independentemente das cores políticas ou das escolhas sindicais.
    Foi bom sentir a energia vibrante, o sorriso nos rostos, sorrisos esses que não foram seguramente, fruto de inconsciência ou irresponsabilidade face ao período conturbado que nós, Professores atravessamos há demasiado tempo…
    Um período que se traduz num percurso demasiado longo e tortuoso. Penoso pela durabilidade que parece não ter fim e que exige de nós um esforço e uma resiliência quase sobre-humanos.
    Talvez nos tenhamos sentido menos sós.
    Afinal de contas todos desejamos o mesmo, respeito pela profissão de Professor, pelo Ensino e pelos alunos…
    Principalmente pelos alunos que merecem um ensino responsável e eficaz.
    Para o conseguirem será necessário apaziguar os Professores, devolver a Paz às Escolas, repor a justiça e o respeito que esta classe merece.

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  5. Não fui. Não me apeteceu ir. É uma questão de forma. De conteúdo,já há muito que estamos conversados.
    Não me revejo em t-shirts sindicais giras, com STOP e DESALINHADOS em pano de fundo, no lugar que alguns entendem certo.
    Não me revejo em palavras de desordem, com intervalos musicais de qualidade muito duvidosa:
    Não me revejo em aplausos finais a uns quantos que nos andam a dar cabo da vida há muito.
    Houve alguém que teve um sonho, um dia. Mais importante que o nosso, certamente, mas , e no fundo, era sobre a dignidade e o respeito também. Que procuramos e merecemos.
    Não acredito que com tanto barulho nos levem a sério.
    Rever-me -ia numa marcha sem slogans estafados, sem t~shirts, sem bandeiras e sem megafones.
    Um massa humana una a caminhar no mais profundo silêncio.
    Não será por acaso que é este que é de ouro.

    E importa, sim, o modo como cada um de nós se exerce no dia-a-dia. Mas isto daria pano para mangas e para a peça inteira e para uma reflexão triste e envergonhada.

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    1. Essa proposta de uma marcha silenciosa foi feita há 11 anos e foi recusada exactamente por aqueles que agora afirmam o que antes negavam, porque achavam que a “alegria” e “animação” eram essenciais.

      Eu não fui, porque em matéria de “actos falhados” preenchi a minha quota.

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      1. Não há razões para ” alegria” e ” animação”. Nunca poderia ser este o cenário se houvesse algum decoro.
        São muitos muros para meu gosto , sobretudo quando nos aparecem na linha da frente.

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  6. Um fiasco monumental!
    Há 11 anos houve horas de diretos nas TV, por exemplo.
    Agora, há um ritual e um cansaço generalizado, começando por mim.

    Isto só lá vai com medidas de força. Os enfermeiros, a mesma coisa. Se eles pararem simplesmente, o que faz o governo? Despede-os todos? E depois? Vai a Marta para os hospitais?
    O mesmo connosco, mas não há bolas para isso.
    O governo entrou no caminho da ilegalidade, logo temos “desculpa”.
    Com mais do mesmo, estamos a cumprir o ritual do Marinho e do PC a fazerem prova de vida.

    Por sinal, fiz greve às reuniões intercalares. Porque não? Foi à borlix. Mas 99% dos meus colegas estiveram presentes.

    Siga. Quando é a próxima? 5 de outubro? Belo dia, de facto!

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  7. Menos 50.000 professores do que há 11 anos. Atendendo às proporções esta manifestação foi igualmente grandiosa…”granadeirados” pelo governo, sindicatos sempre a fazer passar a ilusão da vitória num dia distante.

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  8. tudo o que foi feito até hoje foi um ato falhado: greve a aulas, greve às avaliações, greve aos exames, manifs.
    mas vituperar no mundo virtual e internético, na mesa da sala de convivio, é garantidamente ainda mais falhado…
    por isso, resignemos à derrota e capitulação total, vivendo com o que se tem e começando a tratar da ‘vidinha’ com ‘muita graxa’ e bajulação a quem pode com uma classificação numérica, ajudar a ultrapassar barreiras sem precisar de ficar na fila de espera…

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