São raras as pessoas com quem falo que não me confirmam o seguinte panorama:
- Multiplicação da papelada a usar, numa espécie de “grande farra” para os grelhadores de serviço.
- Morosidade dos procedimentos, que vão e vêm e vão e vêm..
- Tendência para as decisões críticas serem tomadas por quem nem vê os alunos, mas apenas grelhas e outros “registos”.
- Tendência para as decisões a aprovar serem no sentido de manter os alunos numa resposta estruturada para o médio/longo prazo, desincentivando perspectivas de alteração das soluções propostas (o que significa que se fica um bocado como estava, mudando cabeçalhos), conforme a evolução dos alunos.
Ou seja, se o pomposamente chamado “Novo Regime Jurídico da Educação Inclusiva” tinha algumas vantagens em termos teóricos – sendo as maiores uma eventual maior celeridade do processo e a possibilidade de respostas permeáveis (o tal “multinível”) dinâmicas no tempo, isso está a ser destruído no concreto devido à obsessão pela recolha e registo de “evidências” em toda uma nova panóplia de “instrumentos” para posterior análise. após a análise inicial. E este tipo de deriva é tanto maior quanto as pessoas estão mais alto na escala das “formações” dadas ou recebidas.

(não é de estranhar que quem mais queira avançar com soluções eficazes para os alunos concretos em sala de aula sejam os “ignorantes” que leram o decreto e acreditaram em algumas coisas que foram ditas em seu redor… mas que falharam a doutrinação “inclusiva” com muitos powerpoints, flowcharts, setinhas e cruzinhas a aparecer)
(ahhh… mas não acreditem em mim… eu sou do “velho paradigma”, um “velho do Restelo” certificado por sumidades e autoridades na matéria…)
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