Uma Proposta Que Nunca (Ou)Vi O PSD Fazer

Que as injecções financeiras na banca privada falida dependessem dos “recursos disponíveis face à situação económica e financeira do país, tendo em conta, nomeadamente, a taxa de crescimento do PIB e a evolução da dívida pública”.

Isso é que seria uma proposta com os spirous no sítio.

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(é espectacular como há quem consiga afirmar que existem 15% de professores que nunca o deveriam ter sido, sem explicar a “métrica” usada para a estimativa, mas que não sabe calcular o efeito financeiro de uma progressão de 9 anos, 4 meses e 2 dias dos docentes em exercício, nem sequer exigem que lhes sejam explicados os cálculos governamentais…)

Censura Póstuma

Encerrei o Umbigo há mais de 4 anos. De quando em vez vou lá apagar spam. Hoje, por causa de uma troca de comentários acerca de escolas abandonadas, fui em busca de uma série de posts de meados de 2010 sobre “Memória de Escolas Passadas” para colocar numa resposta (série de posts que começou com este, continuando com outros como esteeste, este ou este). E não não é que descobri que as fotos de escolas primárias do bom e  velho Umbigo desrespeitam as políticas do Facebook e que alguém teve a pachorra e a cobardia de o ter denunciado como impróprio para consumo. Ó malta, a raiva é assim tanta? Ainda não gastaram a bílis toda?

 

O PSD Enquanto Anedota Ambulante…

… é incapaz de apresentar cálculos próprios (tem um centro de estudos não se percebe bem para quê) e remete tudo para “o governo”, presente ou futuro. Se isto é uma proposta para levar a sério, eu sou o George Clooney in his prime.

É bem verdade que não se esperava mais do partido responsável por quase metade do tempo de congelamento, mas se juntarmos esta “proposta” aos avisos sobre eventuais “inconstitucionalidades” do Parlamento legislar nesta matéria (e mais recentemente sobre a questão das nomeações) percebe-se que o PSD apenas se está a proteger para o caso de ser governo num futuro remoto (estas “alternativas” remetem para soluções que vão até daqui a dois mandatos), quem sabe se numa geringonça central.

Serviço dos professores. PSD defende reposição total mas remete “termos e modo” para o governo

O PSD defendeu esta sexta-feira que todo o tempo de serviço congelado aos professores deve ser devolvido, mas remeteu para o Governo a fixação dos “termos e modo” da recuperação, fazendo-a depender também da situação económica.

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(o PSD de Rio, depois da repartição das verbas para a municipalização tornou-se uma espécie de vazio de ideias e propostas, esperando pelo desgaste do PS para conseguir qualquer coisa… uma mediocridade atroz para quem tem no seu currículo três d@s seis últim@s ocupantes da 5 de Outubro desde 2002…)

Sempre Soubemos Que O Valor É Apenas Um Pretexto

A experiência da ILC ao longo de um ano, mesmo sem ser no centro do furacão dos contactos directos com @s excelentíssim@s senhor@s deputad@s, e agora com a divulgação das contas do Maurício, de que sou apenas um conspirador convidado, confirma de um modo bem claro que a questão dos “600 milhões” (ou 635) foi sempre um mero pretexto ao serviço de uma política de proletarização da classe docente e da sua amputação progressiva dos elementos considerados “caros” e, quase pior, chatos e críticos de políticas que de forma crescente promovem uma imbecilização global da maioria dos futuros cidadãos que se querem formalmente activos e intervenientes mas que realmente se pretendem apáticos e sem capacidade de contrariar um discurso político demagógico, medíocre e desonesto, só que servido com aparências de rigor.

Na sequência da peça de ontem da Sábado, o Maurício arranjou o tempo e a paciência (que a mim já falta há uns bons tempos) para se dirigir com os dados a diversas luminárias do nosso panorama mediático opinativo, para que comentassem alguma coisa, em especial os que alinham pelos 600 milhões sem qualquer sentido crítico. Só mesmo um professor para ter a paciência para repetir uma lição, uma e outra vez, a quem não quer aprender, com a agravante de, nestes casos, serem alunos do tipo Velhas Oportunidades, sentados na poltrona do que acham que já foram e que demonstrará que tudo o que escrevem são pérolas que nós devemos absorver, enquanto chafurdamos numa pocilga acima das nossas possibilidades.

Uma dessas criaturas, daquelas que já escreveu obra a explicar como deveria governar-se Portugal com a arreata curta (não, podia ser o gomes ferreira, mas não foi), decidiu responder daquela forma que revela bem que não lhe interessa se são 600, 500, 400, 300 ou menos milhões. Pois para ele é sempre muito dinheiro, mesmo que seja metade. Porque ganhamos muito e arruinamos o país, professores, enfermeiros, juízes e toda essa malta que desempenha funções que não se equivalem a directos mal amanhados no facebook para quem ulula sem pensar contra os “privilégios” de quem trabalha – mas não como consultor, assessor, primo ou cunhado do césar – para o Estado.

Em gajo que se sempre se quis promover pelo rigor dos números é curioso que desvalorize liminarmente um valor que é metade do anunciado, só porque ele e alguém na OCDE (a mesma organização que produz estudos que revelam o nosso subdesenvolvimento social e económico) acham que deveríamos viver ao nível dos migrantes que vivem debaixo das pontes de Mumbai. E depois vem a demagogia simplória que nos quer fazer acreditar que o “aumento da despesa” é sempre feito com aumento de impostos, ficando eu sem perceber porque 300 milhões deitam abaixo as Finanças Públicas mas 15.000 não o conseguem (é um número assim alto, mas a contabilizar por baixo as injecções na banca).

Mas acredito que a reacção não seja única e será a mesma em outr@s para quem o que sempre esteve em causa não foi o valor em si, mas o desejo de reduzir uma série de carreiras especiais do Estado a uma situação de precariedade, submissão e proletarização material, de forma a melhor se tornarem meros executantes amorfos de políticas, estando paralelamente em decurso uma estratégia para os desqualificar tecnicamente através de formações académicas progressivamente esvaziadas. Agora até já é notícia quando se encurta em seis meses a formação de juízes, como se fosse coisa boa.

Fica o diálogo que, por estar publicamente numa rede social, não parece ser matéria digna de especial privacidade. Até porque se fica a perceber bem toda a filigrana do pensamento da dita criatura, assim como a elevação do tom, que merece réplica adequada.

MaurícioCamilo

(camilos, centenos, catrogas, sousastavares, gomesferreiras, trigospereiras, mexias, aqueles tipos que parecem empreendedores mas só vivem de contratos públicos dos amigos autarcas tipo moitasdedeus, os porfírios ocasionais, no fundo a vossa causa é comum, os factos são para ser massacrados, digam o que disserem para aparentar qualquer coisa)

6ª Feira

Tempo de serviço dos professores custa 320 milhões de euros por ano

Contas dos profissionais são quase metade das do Governo.

(…)

Para efetuar as contas basearam-se “no documento entregue pelo Governo aos sindicatos em 24 de janeiro de 2018, que continha o número de professores em cada escalão e em cada ano de cada escalão”. Chegaram a um valor ilíquido de 506,2 milhões de euros. Descontando o IRS, o número desce para os 320 milhões já referidos. Mas com a recuperação faseada proposta pelos sindicatos até 2025 (tal como na Madeira), a despesa nestes sete anos seria “inferior a 50 milhões de euros por ano”. Só a partir de 2026 seria preciso pagar anualmente o bolo total. Que seria inferior aos 320 milhões referidos, porque entretanto “cerca de sete mil docentes se teriam aposentado”.

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