Acabei De Ver O Camarada Jerónimo Na TV…

… a defender (com a “consciência tranquila”) esta proposta de lei que legaliza a aceitação de ofertas (incluindo viagens compatíveis com a natureza institucional ou com a relevância de representação própria do cargo” ou que correspondam a “ato de cortesia e urbanidade institucional” que, como sabemos, são critérios de uma objectividade extrema. Enfim, há realmente por aí muitos autarcas (são mais do que os secretários de Estado) de cores variadas a precisar de viajar, pelo que se percebe que o PCP tenha alinhado com o PS e o PSD (uma abstenção estratégica, como outras em que decide nada decidir), numa nódoa típica de fim de mandato.

Animalfarm

(esta é uma espécie de prova do algodão para perceber até que ponto os poderes locais de uns não se equiparam ao poder nacional de outros e há quem tenha chumbado em grande estilo…)

O Absoluto Despudor Como Regra

PS e PCP, com a abstenção de PSD, chegaram a acordo para legalizar a oferta de viagens por parte de entidades privadas a quem exerce cargos políticos e altos cargos públicos. Esta medida, aprovada na Comissão parlamentar para o Reforço da Transparência, surge em resposta ao caso que ficou conhecido como ‘Galpgate’ e que culminou com a demissão dos então secretários de Estado Fernando Rocha Andrade, João Vasconcelos e João Oliveira e ainda do assessor económico do primeiro-ministro, Vítor Escária, que viajaram até França a convite da Galp para assistirem aos jogos da seleção nacional de futebol no Euro 2016.

Shame

 

Vou Relativizar De Uma Forma Diferente…

… daqueles que gostam de denunciar a “vitimização” das vítimas, apelando à compreensão das condições dos que não aceitam como “agressores”, mas como “vítimas de um sistema que para eles não faz sentido”. Basicamente, a teorização que floresce em muita sociologia PS, tipo sebastião-isczé.

Roubos e violência física estão no topo. Todos os dias há 23 crimes nas escolas

A minha “relativização” é diferente. 23 ocorrências em milhares de escolas dá uma percentagem inferior a 3% das “unidades de gestão” e em relação ao número de alunos presentes nas escolas é algo ínfimo.

A mim o que preocupa a sério é a sub-representação da violência por questões de cosmética local ou global.

Quantos casos não escapam ao radar? Quantas “metas” são atingidas, ignorando muito do que se passa, “relativizando” no mau sentido, encobrindo situações problemáticas para não parecer mal e “solucionando-as” de formas mais do que equívocas?

E outra coisa que me preocupa a sério é o tipo de assédio moral, explícito ou implícito, que grassa por aí em relação ao pessoal docente e não docente, por vezes exactamente para não registar formalmente ocorrências graves, preferindo dar-se destaque a pequenos pecadilhos, que funcionam como cortina de fumo.

Violino