O SE Costa tem uma certa habilidade com as palavras. Diz coisas que parecem quase irrefutáveis quando não passam de falácias. Repare-se no exemplo seguinte:
A uma primeira vista, o homem parece ter razão. Mas não é bem assim e a coisa é bem mais grave do que a espécie de trocadilho que ele faz, certamente popular na sua corte erguida com muita laca e madeixas.
Vejamos:
- O “currículo” foi definido quando e atendendo às condições das escolas? As “metas” definidas no seu mandato consideraram as condições em que iriam ser aplicadas? Eu posso definir um currículo de “Engenharia Aero-Espacial” e mandar aplicá-lo sem estudar se existem condições?
- Se as escolas do 1º ciclo estão na dependência das autarquias, nomeadamente quanto ao seu equipamento, de quem é a responsabilidade da falta de material? Não será daqueles a quem João Costa quer entregar a gestão de TODO o parque escolar (excepto das escolas de 1ª da Parque Escolar)?
- Estas provas de aferição são uma forma de amesquinhar as escolas e os professores por não cumprirem o “currículo” (que no caso de outras disciplinas é considerado “enciclopédico, incentivando-se o seu não cumprimento) ou têm mais algum objectivo do que darem mais horas ao grupo disciplinar de Educação Física?
- Já agora, e numa de ir mesmo às canelas, porque será que existem escolas, mesmo Secundárias, que continuam sem condições mínimas adequadas ao cumprimento do “currículo” de uma disciplina que agora passa a contar para o acesso à Universidade? Eu percebo que a alguns isso passe ao lado, porque os seus educandos livraram-se desse azar, mas há quem tenha de lidar com essa realidade e a alguma consequente arrogância. E entre falta de condições para fazer umas provas de aferição (como as do 2º ano) destinadas quase em exclusivo a satisfazer um lobby de amigos e a falta de equipamentos e espaços para cumprir uma disciplina do Secundário vai uma diferença que habilidades retóricas não podem esconder.
Não é só habilidoso… é o principal responsável pela decadência curricular em que entraram as Escolas Públicas e um adepto fervoroso da culpabilização dos professores por questões de ordem política; um militante do ensino vazio do pós-modernismo … Um discípulo de MLR e quejandos…
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Um discípulo de MLR e quejandos e O co-ministro da educação desta geringonça. E o mais triste é que ganharam claramente a guerra da culpabilização dos professores.
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