-
Qual a quantia que fica(ria) do lado da “receita” nos cofres do Estado com a recuperação do tempo de serviço docente (total ou parcial)?
-
Qual o aumento da receita fiscal provocado pela progressão salarial dos docentes para escalões que implicam um acréscimo da taxa do IRS?
Não me parecem questões especialmente difíceis, mas há quem tenha preferido deixar o ministro das Finanças desfilar uma demagógica lista de comparações, a mais vergonhosa delas a relacionada com as reformas.
Porquê?
Porque estamos em tempos de “jogo político” à espera das eleições europeias e não sei até que ponto as votações dos próximos dias não serão apenas “tácticas”.
Mais importante que recuperar o tempo congelado, seria a abolição das barreiras no acesso ao 5º e 7º escalões.
Que interessa que nos devolvam tempo de serviço se não podemos (milhares de nós) passar ao escalão seguinte?
Não percebo porque é que tão poucos colegas falam disto. É que este é o maior problema e só tem sentido lutar pela (justa) devolução do tempo de serviço depois da abolição das barreiras à progressão.
GostarGostar
Essa é uma questão que passa pela revisão do ECD e é uma porta que muita gente receia abrir… porque pode implicar o desaparecimento de alguns dos escalões…
GostarGostar
Mas não é que já acontece, Paulo? Ou o receio só assalta alguns escalões ( os que não têm constrangimentos e que recebem ainda a cereja do 10º) ?
GostarGostar
José Chorão
Mas para além das barreiras à progressão, há outro problema bem grave – e silenciado :
É – para este e outros efeitos – o abjecto igualitarismo entre os chamados “grupos de recrutamento” : não raras vezes, os que têm a responsabilidade e o saber de ensinar matérias pré- universitárias ( um exemplo) “ficam” ; os que têm a “árdua” tarefa de ensinar a tecer tapetes de Arraiolos , ensaiar a canção “atirei – o- pau -ao -gato – to – to”, e por aí fora, sobem triunfalmente de escalão. Em detrimento dos primeiros, claro !
É tudo igual ? Ninguém se indigna ?
GostarGostar
Subscrevo também. É injusta e é ridícula essa “igualdade”.
Já para não falar do caso dos “professores” de religião e moral, pagos pelo estado (laico?) para ensinar banha da cobra. E o contribuinte tem de pagar milhares de beatos que andam pelas escolas a “ensinar” historietas medievais?
GostarGostar
Subscrevo.
GostarGostar
Caro José chorão
A “igualdade” : sendo a classe profissional dos professores extremamente heterogénea ( habilitações e consequente perfil funcional ), o ECD impõe uma total e aberrante homogeneidade ou uniformidade !
Aonde se viu semelhante coisa?”
GostarGostar
Subscrevo. E sou só eu que acha que existe falta de transparência nas listas? … Independentemente do que se recuperar ou deixar de recuperar, para que servem, por exemplo, os 2 anos, para os professores dos 4 e 6 escalões que não progridam? É que somos muitos.
GostarGostar
Ao lado: há 2347 docentes na lista para o 7º escalão: A somar a estes, ainda há 382 que não entraram em 2018. Isto dá 2729 professores. Como abriram 773 vagas, 1956 ficam em lista de espera. Obrigada, Mário Centeno!
GostarGostar
… como se não bastasse, o homem não sabe mesmo fazer contas
“Considerando ainda que estão reunidas as condições para, à semelhança do ocorrido em 2018, poder ser tomado como referência o acordo
celebrado em 2010 com as estruturas representativas dos docentes,
definindo para 2019 um número de vagas que corresponda, tendencialmente, à percentagem de 50 % de docentes em condições de transitar
para o 5.º escalão e 33 % de docentes em condições de transitar para
o 7.º escalão.
Nos termos e ao abrigo do disposto no artigo 3.º da Portaria n.º 29/2018,
de 23 de janeiro, determina -se o seguinte:
1 — São fixadas, para o ano de 2019, as seguintes vagas para a progressão aos 5.º e 7.º escalões da Carreira dos Educadores de Infância e
dos Professores dos Ensinos Básico e Secundário para os docentes aos
quais tenha sido atribuída a menção qualitativa de Bom na respetiva
avaliação de desempenho:
a) 5.º escalão: 632 vagas;
b) 7.º escalão: 773 vagas.”
GostarGostar
Também eu faço parte do lote dos esquecidos…Apenas entrego a autoavaliação no final de cada ano. Os colegas nas mesmas circunstâncias, também fazem o mesmo?
GostarGostar
Sim, Maria Silva.
( … gosto sobretudo da parte ” … o acordo
celebrado em 2010 com as estruturas representativas dos docentes…”)
GostarGostar
Exatamente o mesmo.
GostarGostar
terceira pergunta: quanto rendeu ao estado os 9a4m2d?
GostarGostar
Boa pergunta!
Mas essa é das que provocam urticária… Ninguém fala disso também.
GostarGostar
Sim Maria. Também não esqueço esse acordo. E percebi muito bem quais os colegas que foram altamente beneficiados sem contarem e cujo perfil (formação inicial + tempo de serviço) correspondia a amigos dos sindicalistas. Saí do sindicato! Nunca mais me vi representada.
GostarGostar
Eu estou esquecida há 10 anos. Quase mumificada.
GostarGostar
E ainda…
https://duilios.wordpress.com/2019/05/01/obrigam-professores-a-ir-aplicar-provas-de-afericao-em-dias-sem-componente-letiva/
GostarGostar
Nos escalões travam há quem não mude desde 2004.
GostarGostar
Travão
GostarGostar
Então há que negociar o ECD.
Porque não é justo perpetuar esta situação, em que todos nós trabalhamos, todos nós ensinamos, e uns progridem de escalão enquanto outros ficam retidos (acesso ao 5º e 7º) anos e anos. Onde está a justiça desta situação? Eu acho que é o principal problema que temos.
GostarGostar
Este anterior comentário foi mal colocado. É uma resposta ao comentário do Paulo Guinote que está lá para cima…
GostarGostar
Caro José, acho que também vem muito bem a seguir ao meu comentário anterior. Aquilo a que estou a assistir é que os colegas mais velhos sobem de escalão, os mais novos são reposicionados e um grupo de eleitos fica a vê-los… Atenção, não estou contra os colegas, mas contra todas as tomadas de decisão, com o apoio das chamadas estruturas representativas dos professores, que permitem tal situação. Porque é que nunca mais ouvimos falar dos 100 % de vagas para quem estivesse em condições de progredir? É que, se me querem comparar com as carreiras gerais da FP, eu já vou com tempo de escalão e meio.
GostarGostar
É um dos grandes problemas herdado do “novo” ECD na sua revisão, em que se trocou o sistema de titulares por este.
Se foi bem negociado?
Claro que não.
Mas havia pizzas de borla.
GostarGostar
Não tive direito a nada: nem pizza nem mudança de escalão.
GostarGostar
E os reposicionamentos que originam ultrapassagens? Na minha escola há alguém com menos 1000 dias de serviço que eu que foi reposicionado no 4º escalão enquanto eu que entrei em 1999 para os quadros, estou no 25º ano de serviço mas ainda só estou no 3º escalão e à espera de fazer o tempo necessário para progredir ao 4º. Quando lá chegar já essa pessoa com menos 1000 dias terá contabilizado dois anos nesse escalão…
GostarGostar
Em 2019 vou atingir 33 anos de serviço, mudei para em 2004 para o índice 245, integrada no 6º escalão e, pela segunda vez, fico a aguardar vaga para o 7º escalão. Desde 2003 que sou coordenadora de departamento e avalio docentes. E tudo o mais que decorre de um cargo de direção intermédia. Insistentemente reconduzida no cargo….
Entretanto colegas que dão aulas, avaliados com muito bom por coordenadores, na mesma escola, acenam com progressões.
O último apelo que fiz foi para a provedora da justiça há quase dois anos… Silêncio sepulcral. Não tenho meios para recorrer à justiça – precisava de um excelente advogado que me orientasse para lutar contra o meu patrão. Só gostava que os jornalistas e comentadores, ponderassem este facto enquanto falam de progressões automáticas. Não vivemos num país sério.
Desculpem o desabafo.
Votem em todas as eleições
Ao Paulo Guinote mil agradecimentos pelos seus textos e clarividência. Continua a ajudar-me e a repousar-me.
GostarGostar
São de facto casos para recorrer à Justiça, ao tribunal europeu dos direitos humanos… a todas as instâncias possíveis pois nada do que se passa com os professores é tratado com transparência…
Só me revejo mesmo neste Blog!
Obrigada Paulo por ser a “voz”!
GostarGostar
Muito obrigada ao Paulo por não calar verdades incómodas.
GostarGostar
Falaram por aqui no relatório de auto-avaliação que é entregue todos os anos.
Estes relatórios são apreciados ano a ano ou apenas no final de cada ciclo avaliativo?
GostarGostar
Apenas no final do ciclo avaliativo.
GostarGostar
https://321novo.wordpress.com/2019/05/01/dia-do-trabalhador
A luta dos professores continua!
GostarGostar