Crónica De Uma Palhaçada – 4

Afinal, para que andou o camarada Mário a ter um “desvio de Direita” e a pedir que se abstivessem? É só a mim que cheira a esturro?

António Costa resiste a decretar o fim da crise. PCP e BE chumbam travão orçamental e medida cai

A solução para a crise sobrou para as mãos do PCP, que esta segunda-feira à noite revelou que o partido irá chumbar as propostas do PSD e CDS. Com isso, fica dado o ponto final na medida que poderia provocar a queda do Governo.

malandro

Retoma A Propaganda

20.44 – MST começa por dizer que existem três actores da crise e que dois não quiseram falar, pelo que fica o PM. Ou seja, PCP, Bloco, professores, etc, não conta. O início de António Costa é um estribilho das vacuidades habituais. Não vale a pena. Isto é um simulacro de informação e jornalismo. São dois comparsas à solta, sem contraditório. António Costa está como peixe gordo em piscina cheia de algas lamacentas.

Basta ver a imagem seguinte para ser preciso um enorme controle para evitar chamar imediatamente o gregório.

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Desliguei. É demasiado mau. Nem eu aguento tamanha falta de decência.

 

Manifesto – Pela Verdade dos Factos

Manifesto – Pela Verdade dos Factos

Como Professores, membros da comunidade educativa e autores de diversos espaços de discussão sobre educação, temos opiniões livres e diversificadas.

Porém, não podemos ficar indiferentes quando está a ser orquestrada uma tão vil e manipuladora campanha de intoxicação da opinião pública, atacando os professores com base em falsidades.

Tais falsidades, proferidas sem o devido contraditório, por membros do Governo e comentadores, deveriam ser desmontadas com factos e não cobertas ou reforçadas pelo silêncio da comunicação social, que deveria estar mais bem preparada para que a opinião pública fosse informada e não sujeita a manobras de propaganda.

Serve este manifesto para repor a verdade dos factos:

  • O Governo, pelo Ministério da Educação, a 18 de novembro de 2017, assinou um acordo com os sindicatos de professores, onde se comprometeu a recuperar todo o tempo de serviço. É, por isso, falso que essa intenção seja uma conspiração da oposição ou resulte de uma ilusão criada pelos sindicatos de professores.
  • A recuperação total do tempo de serviço também foi proposta pelo PS. O PS, em dezembro de 2017, recomendou a total recuperação do tempo de serviço, conforme se pode verificar no diário da república (Resolução da Assembleia da República n.º 1/2018). É, por isso, falso que o PS nunca apoiou a recuperação integral do tempo de serviço congelado.
  • Os valores apresentados pelo Governo sobre o custo da recuperação do tempo de serviço docente são falsos. Foi prometida há perto de um ano uma comissão para calcular os custos reais e até hoje não conhecemos o resultado do seu trabalho. Os números reais que estimamos, líquidos, rondam os 50 milhões de euros anuais, caso se opte pela solução da Região Autónoma da Madeira, de recuperar os 9 anos, 4 meses e 2 dias, no prazo de 7 anos. O Governo já apresentou por diversas vezes contas inflacionadas, com totais baseados em médias erróneas. Um grupo de professores verificou-as e constatou, segmentando os dados, a sua falsidade (https://guinote.files.wordpress.com/2019/05/contas-942-num-ano-2019-e-em-7-anos.xlsx). Ora, uma mentira dita muitas vezes nunca se transformará em verdade.
  • A recuperação dos 2 anos, 9 meses e 18 dias em 2019 foi proposta do Ministério da Educação. Aliás, um recente decreto-lei do governo, que ainda aguarda promulgação, apresentou a possibilidade a todos os professores de recuperar parte desse tempo já em 2019. É, por isso, falso que o Governo não tenha verba no orçamento de 2019 para recuperar parte do tempo de serviço congelado. E, se o decreto do Governo é constitucional, então qualquer lei que a AR apresente, afirmando algo semelhante, também será.
  • A recente proposta aprovada na Comissão da Educação não altera um cêntimo ao Orçamento de Estado de 2019. O orçamento de 2020 ficará a cargo de próximo Governo, ainda por decidir nas próximas legislativas.
  • A proposta que tanta perturbação criou ao atual Governo e seus seguidores mediáticos nem traz nada de especial: a negociação continuará, ficando apenas assumido que, em parcelas e gradualmente, os 9 anos são para considerar na carreira (e nãodevolver”, termo que cria a ilusão falsa de que se vai pagar o que ficou perdido para trás e que nunca ninguém pediu). Os professores perderam milhares de milhões com os cortes salariais durante a crise financeira, mas é falso que seja recuperar isso que está a ser discutido. O que se discute agora é se o tempo de trabalho efetivamente prestado desaparece (ou não) da carreira dos professores.
  • O Primeiro- Ministro, na sua declaração de eventual e coativa demissão, falou em falta de equidade e que a votação parlamentar punha em causa a credibilidade internacional. Lembre-se que mesmo as contas inflacionadas do Governo apontam apenas para um acréscimo no défice de 0,2 a 0,3 pontos percentuais. Quanto à credibilidade internacional, não foram os salários dos professores e restantes funcionários públicos que levaram a uma intervenção por parte da Troika. Aos bancos, que agora se descobre que foram causa primeira do descalabro financeiro, por via de empréstimos e investimentos ruinosos, nunca é contestado qualquer capital para novas injeções financeiras, nem se alega falta de credibilidade internacional por se continuar sem apurar responsabilidades.

O passado mostra que não se ganham eleições a vilipendiar um dos grupos profissionais mais estimados pelos portugueses. Nem repetindo falsidades para amesquinhar um grupo profissional que tem mostrado dignidade na luta, na adversidade e na solidariedade com o todo nacional.

Mas isso não anula a verdade simples: os portugueses em geral, mesmo os que não conseguem passar a barragem da comunicação social para se expressar, respeitam e compreendem os professores e não vão ser enganados por políticos que acham que, com barulheira e falsidades, se faz mais uma habilidade para evitar desgraças eleitorais.

Há coisas mais importantes que contar os votos da próxima eleição. Uma delas é o respeito pela verdade e pela dignidade de uma classe profissional que todos os dias dá o seu melhor pela formação dos futuros cidadãos.

Portugal, 6 de maio de 2019

Subscrevem (por ordem alfabética):

Anabela Magalhães

Escola Portuguesa

Assistente Técnico

Blog DeAr Lindo

Atenta Inquietude

ComRegras

Correntes

Escolarizar

Na Minha Opinião

O Meu Quintal

Primeiro Ciclo

Professores Lusos

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Pluralismo: TVI Style

Embora o baile inicial de Nuno Morais Sarmento (20.04 a 20.06) a Miguel Sousa Tavares tenha dado um certo gozo, porque deixou à vista a ignorância com que ele trata os assuntos, usando a tentativa de interrupção para esconder a sua impreparação. Pedro Pinto também se revela mais um militante de facção do que “jornalista”.

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20.10 – É a vez de Nuno Magalhães desmentir uma citação der MST.

20.12 – Ansioso por meter a faca na manteiga, MST lança uma boca sobre “retroactivos” que Nuno Magalhães volta a desmentir. Continua a conversa com MST a dizer que ouviu qualquer coisa que mais ninguém ouviu.

20.14 – MST em roda livre atira com a boca de o CDS querer um “estatuto especial para os professores”. É curioso como Morais Sarmento e Nuno Magalhães parecem professores a explicar coisas evidentes a uma criança birrenta. Pedro Pinto faz de parelha, citando Pires de Lima. O que está em causa é pressionar PSD e CDS e não analisar seja o que for.

20.17 – MST atira como o “suicídio político” de Assunção Cristas.

20.18 – Pedro Pinto ganha créditos ao falar na defesa dos contribuintes e  mais umas platitudes, ao voltar a inquirir Morais Sarmento. MST deve estar com os nervos à flor da pele, não consegue parar com àpartes.

20.19 – MST insiste em exibir ignorância… neste caso sobre as competências da Assembleia da República. Não percebe que é o Governo que responde perante o Parlamento e não o inverso.

De certo modo, a entrevista a António Costa é redundante, visto que MST já defendeu tudo o que ele irá dizer. E depois diz disparates como “não sei quê que todos percebemos”, mas que mais ninguém terá percebido. Mais uma peculiaridade: é uma entrevista ser comentada antes de ser realizada.

20.25 – Nuno Morais Sarmento arrasa os números de Centeno.

20.26 – Pedro Pinto acaba o debate e passa directamente para a possibilidade de greve às avaliações.

Foto do novo par de Marretas sem graça:

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A Cereja No Topo Do Bolo Mediático Da Isenção Informativa

Na TVI, hoje, Miguel Sousa Tavares “entrevista” António Costa. Em vez de cataplana será servido churrasco com cheiro a professor assado em brasa lenta.

Como garantia de isenção “jornalística”, leia-se um naco da última crónica do “entrevistador”, perante quem a aversão do entrevistado aos professores parecerá amor apaixonado.

E o que dizer do rigor com que usa os números?

 PSD e CDS à direita, e Bloco e PCP à esquerda, juntarão os seus votos para amarrarem o país a uma despesa acrescida de 680 milhões de euros anuais na folha salarial da função pública — ou um total de mais de 800 milhões, se, como é inevitável que suceda, a satisfação das exigências dos professores se tornar também extensiva aos demais “corpos especiais” da Função Pública. É o equivalente, explicou Mário Centeno, à despesa orçamentada para os aumentos normais anuais dos trabalhadores do Estado, despesa essa que assim duplicaria o seu montante. Explicação inútil: a cobiça dos votos dos professores, dos magistrados e dos polícias ultrapassa qualquer outra consideração

CristinaMST

Acima Do Topo Da Carreira Docente Com Apenas Quatro Anos De “Serviços” (Fora O Resto)

Filho de blogger de José Sócrates contratado para a Câmara de Lisboa

Assessor de Fernando Medina vai receber uma avença mensal de 3752,50 euros durante quase três anos.

Os três contratos, desde 2015 estão aqui. Os favores são pagos de muitas formas. por quem pode.

Atente-se nas funções:

Prestação de serviços de assessoria nas áreas politicas publicas e comunicação politica, nomeadamente na promoção de ferramentas e articulação com os media, no apoio à relação com os cidadãos, no âmbito da estratégia comunicacional definidas pelo agrupamento politico do partido socialista e os seus vereadores eleitos, bem como, análise de conteúdos, recolha de informação, aconselhamento e elaboração de documentos.

Ou seja, contratado pela câmara para servir os vereadores e interesses de um único partido.

Mas, verdade se diga, há partes do seu currículo que demonstram a sua imensa utilidade em matéria de “comunicação política”:

Mas se o interrogatório de António Peixoto, pai, decorreu num registo de amnésia, o de António Mega Peixoto, filho, não foi muito diferente. O procurador Rosário Teixeira e o inspector tributário Paulo Silva quiseram saber por que tipo de trabalhos é que Mega Peixoto fez para a empresa de Rui Mão de Ferro, que justificassem, numa primeira fase a emissão e recibos em seu nome e, posteriormente, em nome do pai pelo valor dos tais 3500 euros/mês. O filho começou por admitir que fazia tais relatórios para o Grupo Lena. “Então diga-me um exemplo de um… projecto de negócios que indicou ao Grupo Lena”, atirou o inspector tributário. “Pois, já não me recordo, assim…”, respondeu a testemunha.

Mais à frente, António Mega Peixoto referiu que analisava os indicadores económicos e índices de confiança em alguns países, nomeando a Argélia, Angola e Cabo Verde como alguns dos que tinha analisado. Depois o diálogo foi assim:

Paulo Silva: Sabe quem é o presidente, o primeiro ministro da Argélia?

António Mega Peixoto: Não, neste momento já não me recordo

Paulo Silva: Não faz a mínima ideia?

António Mega Peixoto: Não.

Rosário Teixeira: E quem era o presidente da Argélia no seu tempo [quando fazia os tais relatórios]?

António Mega Peixoto: Também já não me recordo

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