A noção de “jornalismo” foi colocar como “moderadores” de um “debate” e “entrevistadores” o campeão das críticas aos professores e o que parecia querer ser um seu delfim, fazendo perguntas completamente enviesadas e com a estrela da companhia a dizer coisas do género “todos ouvimos”, “todos lemos” coisas que não foram ditas ou escritas.
No “debate” o que estava em causa era criticar o PSD e o CDS e não esclarecer fosse o que fosse. Não estava ninguém da horrível esquerda parlamentar e muito menos alguém vagamente representativo das posições dos professores, fosse sindicalista façanhudo ou alguém com uma ligeira simpatia por essa escória social e profissional.
Na “entrevista”, o grande “entrevistador” conseguia relevar 12 pontos numa escala de 10 na aversão em relação a qualquer pessoa ou posição que ele sonhasse não ser radicalmente crítica das reivindicações dos professores. Perante ele, António Costa limitava-se a seguir as indicações e até a parecer moderado.
Tudo em prime time, em espaço alegadamente “noticioso”. Agit-prop pura e dura a lembrar um PREC de sinal contrário, uma espécie de vendetta pessoal com um canal de televisão de sinal aberto ao dispor. Sem qualquer tipo de contraditório, apenas a propagação do eco. Todos os números puderam ser debitados sem qualquer tipo de escrutínio. Só faltou notar-se a espuma raivosa aos cantos da boca do “entrevistador”, mas talvez tenha sido porque viraram as câmaras a tempo.
Obrigado, TVI, pela enorme lição de jornalismo e informação que nos deste. Em todos os sentidos.
Sempre a aprender. Sempre. Se bem que os meus falecidos ‘avôs’, um de direita e o outro nem por isso, pessoas que marcaram a vida de muita gente, deram boas receitas de sobrevivência muito completas, neste mundo de humanos (…). Ambos morreram, ambos fizeram história. Nenhum foi capataz, vendido. E essa herança, faz-me perceber porque razão quer o Presidente da República que não hajam cargos familiares. Seria uma maneira simples de atalhar aquilo que por inteligência e bom senso as pessoas não conseguem discernir. A política e os interesses afins são algo pontual e algo mesquinho. Se perpetuado, torna-se uma espécie de oligofrenia. O mesmo, é transponível para esta promiscuidade nos ‘media’ que nada mais são do que meios de propaganda ou doutrinação.
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Mas hoje o Rui Rio bateu o pé, apesar dos pesares!
Gostei da comparação do ordenado de um professor no topo da carreira com um juiz novato.
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Por falar em canais “engraçados”.
Se quiserem deprimir um pouco, vejam na SICn os cabeça de lista às europeias dos partidos pequenos e dos novos.
Não sei que vos diga… Estamos muito, muito mal entregues.
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O jornalista que entrevistou o Rui Rio era o mesmo de ontem, o que entrevistou o A Costa? Fiquei na dúvida…
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