Exige-se Alguma Honestidade Intelectual A Quem Parece Defender O Mesmo…

… que eu defendo, mas o faz de forma tendenciosa e falacciosa. Irene Flunser Pimentel clama em defesa da História, da Filosofia, da Memória, etc, mas afirma que o faz “num momento em que estão sob o fogo da extrema-direita e do nacional-populismo”.

Ora bem… em Portugal a recente reforma flexibilizadora do currículo permitiu fatiar a História no Ensino Básico aos semestres, manteve a Filosofia na sombra e elevou a Educação Física a disciplina dominadora ao serviço do Homem Novo e Saudável, enquanto um governante considerava “enciclopédicas” disciplinas como as atrás nomeadas, defendendo transversalidades praticamente sem conteúdo substantivo em nome de um “perfil do século XXI”. Essa reforma foi feita por um governo do PS, com o apoio do Bloco e do PCP. O que eu gostava mesmo é que quem bate muito no peito como sendo de “Esquerda” me explicasse esta situação à luz dos seus conceitos.  Adianto desde já que não me choca nada classificar o regime costista como uma espécie de “nacional-populismo”. O que tem a historiadora Irene Pimentel a dizer acerca disso ou, como aqueles que critica, vê as coisas apenas preto e branco?

Até porque escreve que:

O populismo — lembro — caracteriza-se por dividir o mundo a preto e branco, entre, por um lado, o “povo” (bom), entidade colectiva perfeita e trabalhadora, e, por outro lado, as elites (más), sejam elas culturais, sociais, profissionais e/ou políticas, pois todas seriam corruptas e nada fariam pelo “bem comum”.

Ora… isto aplica-se que nem uma luva a muita da governação actual e à retórica política que a suporta. O ataque à História, Filosofia, Artes e Humanidades é transversal ao espectro político e é comum a todo o tipo de mentalidades tacanhas, parolas e pretensamente pós-modernas. Mas com o ponto comum da deriva censória. A que não são estranhas as práticas de cert@s historiador@s de um lobby situacionista que eu conheço mais do que bem.

bla bla

 

A Verificar

Uma situação a confirmar que me foi enviada há uns dias:
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Não sei se isto já foi [verificado] mas pode ter interesse. Se eu estou a ver bem as coisas, a carreira de Técnico de Informática é uma “Carreira Não Revista” da FP, não segue o SIADAP, tem escalões com duração de 3 anos (e não de 10). Não está na lista das carreiras especiais, embora tenha uma estrutura com semelhanças à dos professores (avaliação e tempo de permanência). Se não erro, beneficiou da contagem dos 7 anos inteiros, não beneficiou de 70% de um escalão “padrão”, beneficiou de 200% de um escalão “padrão”.
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Daqui resulta demasiado clara a falácia do governo ao inventar aquela treta dos 70% de um escalão de 4 anos.
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Mando dois links que encontrei depois de vasculhar um bocado… Se calhar há mais. Gostava que mais alguém olhasse para isto, para ver se estou a raciocinar bem.
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https://www.ste.pt/apoio-juridico/carreiras/ (tópico: “Legislação sobre Carreiras não revistas na Administração Pública”)
ponto-de-interrogacao-4

Se No Site Base.Gov.Pt Pesquisarmos “Insucesso Escolar”…

… encontramos (12 de maio de 2019) 315 resultados. Entre os que aparecem na primeira página avultam os quase 164.000 euros (+ IVA) pagos, durante 3 anos, pelo município de Gondomar à “MEO-SERVIÇOS DE COMUNICAÇÕES E MULTIMEDIA, S.A. (504615947)” para “Aquisição de serviços de consultoria para criação, personalização e implementação do projeto (A)creditar GO: Partilhar Mais Saber no âmbito da candidatura de Combate ao Insucesso Escolar do Município de Gondomar”. É tudo dinheiro do quadro de Programação Norte 2020. Gostava de saber quanto será gasto efectivamente com os alunos.

Money3

 

Isto É Um Suponhamos

Alguém que envia mensagens de Feliz Natal e Páscoa como agente imobiliário no activo de uma multinacional que começa em R e acaba em X e no meio tem EMA pode candidatar-se em listas para sindicatos de professores, profissão de que se aposentou depois de lavar uma valente coça eleitoral?

Pode, claro.

Submarino

(até porque assim se podem inflaccionar representatividades…)

 

 

Domingo

Para quê rever uma estatuto de carreira se a alongaram 6,5 anos de forma permanente, ou seja, dois escalões para todos aqueles que estavam abaixo do 6º a 1 de Janeiro de 2018? Para mais, porque no novo 10º (índice 370) a que só chegarão menos de um terço desses num estrangulamento maior do que no caso dos “titulares) se ganha menos do que no antigo (índice 340) depois do esbulho fiscal?

Turd

(e no mandato do ministro defensor radical dos professores conseguiram concretizar uma situação objectivamente pior do que nos tempos da mlr e o embarretado nas duas situações ainda acha que é insubstituível? só se for a garantir vitórias ao adversário!)