Em especial esta parte que ando a repetir há uns anos, sem grandes resultados, porque, lá está, sou um zeco alegadamente má língua, incapaz de ver como o futuro se parece com o passado.
Por fim, e o mais importante, há uma desvalorização do papel do professor, de ensinar, de transmitir um saber. Vem num pacote sinistro que inclui o falso igualitarismo nas redes sociais, o ataque à hierarquia do saber, o desprezo pelo conhecimento profissional resultado de muito trabalho a favor de frases avulsas, com erros e asneiras, sem sequer se conhecer aquilo de que se fala. É o que leva Trump a dizer que se combatia o incêndio
de Notre-Dame com aviões-tanques atirando toneladas de água, cujo resultado seria derrubar o que veio a escapar, paredes, vitrais, obras de arte. É destas “bocas” que pululam nas redes sociais que nasce também a hostilidade aos professores. É o ascenso da nova ignorância arrogante, um sinal muito preocupante para o nosso futuro.
E é muito grave que essa desvalorização tenha um dos seus epicentros exactamente no ministério da Educação e que existam governantes que definam como “professores do futuro” aqueles que alinham na sua própria desqualificação. Achando que é recompensa o selo de asnos com que acabam por se passear por aí.
Depois do artigo anterior sobre a religião educativa … sou 99% democrático. Reservo o resto para os casos em que a estupidez (etc.) predomina.
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Somos muitos «más línguas» e incapazes de compreender a boa nova, só que nem todos têm a capacidade e a disponibilidade para pôr preto no branco, em público, essa má disposição.
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https://www.publico.pt/2018/10/06/politica/opiniao/as-profissoes-infernais-1846397
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Tiro o chapéu a JPP que fala da sua experiência. Experiência que falta a toda uma cambada como os sousa tavares, as ferreiras alves e outros avençados da sic e da cs que comentam sobre dados falsos que lhes fornecem e com o despudor de ignorar a realidade que desconhecem e sobre a qual não se querem informar. Raça de avençados que apenas papagueiam o que agrada ao patrão… Infelizes! Uma verdadeira “câmara corporativa”!
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Não consigo ler o artigo do PP na íntegra… 😦
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Leia aqui: https://estatuadesal.com/2019/05/18/a-hostilidade-aos-professores/
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O Pacheco Pereira é apresentado na Wikipédia como professor. Ele diz que não é pejorativo embora a intenção tenha sido essa… o Pacheco é amigo. 8)
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…..o tal ministério, que era para implodir!!!
……pior que “antes”, governado por
ajudantes, edificando a “escola low
cost”.
…… é tristemente verdade e associação de pais, nada diz?
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O texto é muito bom… Até a questão da avaliação se entende na ideia geral. Mas o Pacheco Pereira, concorde-se ou não com ele, é uma pedrada na absoluta mediocridade da vozeria geral…
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e o preço da desvalorização já vai sendo dito pelas direções escolares:
Uma eventual nova greve às avaliações, no final do ano lectivo, É MENOS TEMIDA pelos diretores DO QUE OS EFEITOS DO DESGASTE EMOCIONAL que mais de um ano de discussão em torno das carreiras dos docentes tem provocado na classe.
Dulce Chagas, directora do Agrupamento de Escolas de Alvalade, em Lisboa, sintetiza essa ideia. “Mais do que uma eventual greve” que possa vir a ser convocada pelos sindicatos, O QUE A PREOCUPA “É A FALTA DE MOTIVAÇÃO” DOS PROFESSORES. “Precisamos de pessoas mobilizadas para lançar o próximo ano lectivo e os professores estão a ficar muito fartos disto tudo”-
Quem dirige as escolas fala de uma classe desgastada. Os professores estão “estourados e desanimados”, descreve Rosário Queirós, do Agrupamento de Escolas Clara de Resende, Porto. A crise política da última semana não ajudou o estado de espírito. Os docentes sentem que “foram usados”, diz João Jaime, director da Escola Secundária de Camões, Lisboa.
“Foram uma arma de arremesso entre os partidos”, concorda Manuel Pereira. Mas, por muito que ao longo de uma semana “toda a gente tenha falado dos professores”, “ninguém falou com os professores”, lamenta. Público
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E muito resiliência temos demonstrado ao longo de todos estes anoa… mas só quem não quer ver é que não constata essas verdades irrefutáveis… exaustos, tristes e desmotivados… e achincalhdos
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eu vou aos 100… revi-me totalmente no que ele diz, sobretudo nisto: “Os professores têm muitas culpas, deveriam aceitar uma mais rigorosa avaliação profissional, deveriam evitar ser
tão parecidos com estes novos ignorantes,deveriam ler e estudar mais, deveriam ser
severos com as modas do deslumbramento tecnológico”
só não sei como podemos ser “rigorosamente avaliados” e acho que ninguém sabe…
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