… na nossa Educação do que as provas de aferição em anos intermédios e disciplinas sortidas. Até poderia ser uma boa ideia, caso a implementação não tivesse sido de forma a torná-las umas desnecessária excrescência (sim, o pleonasmo é intencional). Nem vou falar nas de EF para não ser mal interpretado e bombardeado de novo pelo clube dos seus promotores e defensores da sua inigualável qualidade e relevância para o melhoramento do nosso sistema educativo. Nem no caso do 2º ano, porque é de pequenino que se exibe o jeitinho. Falo mesmo da outras, daquelas que, como as do 5º e 8º ano, não serve para praticamente nada, excepto para o poder que está transmitir aos incautos ou verdadeiramente ignorantes a sensação de se estar a fazer uma qualquer monitorização das aprendizagens, com umas provas que incluem um sortido de questões de diversas disciplinas como meter Matemática e Ciências na mesma prova de 5º ano e História e Geografia na de 8º. Se fossem os professores desses anos a marcar dois testes no mesmo dia, com matérias teoricamente globais de dois anos (como no 8º) eu queria ver por aí gente a arrepelar cabelos e acusá-los de torturadores de jovens. É verdade que em provas anteriores as perguntas de uma das disciplinas são do mais reduzido e elementar possível, mas isso só prova que não servem para aferir seja o que for. Tudo isto é um simulacro, um fingimento, que nem sequer procura disfarçar muito bem que não é para levar a sério, pois fazem-se provas sem coordenação entre ciclos, por forma a analisar o desempenho dos alunos da mesma coorte, nas mesmas matérias, ao longo dos ciclos.
Este ano estou com curiosidade para ver as provas de HGP (5º) e H/G (8º) para ver se melhorou ligeiramente a qualidade em relação à que foi feita em 2016-17 em HGP. Já agora… se isto servisse para alguma coisa, deveria ser a geração do 5º ano em 2016/17 a fazer prova de H/G quando chegasse ao 8º. Mas esses só lá chegam para o ano… E os que fizeram a prova de Estudo do Meio este ano ainda estão apenas no 5º, pelo que a prova do 5º também é feita à medida de nada.
Mas ocupa-se tempo, destacam-se milhares de professores para horas de vigilância ridícula, gasta-se papel (enquanto não é tudo online) e encena-se qualquer coisa. Porque isto é apenas uma representação. Nem sequer muito divertida. E de qualidade muito duvidosa.

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