Li muito pouca Agustina e acredito que tenha sido por preconceito, porque quase todos os que a exaltavam me pareciam incuravelmente pedantes e o fariam como contraponto a outros autores que seriam menos “tradicionais”. Depois de lhe escapar no Básico (A Sibila), espreitei a Fanny Owen e não fiquei abismado, porque já lera algo próximo do mesmo nos originais oitocentistas. Fui adiando, adiando, e parece que agora só restará a leitura póstuma.
(subitamente, toda a gente a parece ter lido… a sério?)
Pois também nunca a li, e fui testemunha de muita “Sibila” debaixo do braço, por obrigatória, nos tempos do liceu, ou ensino unificado, fica mais bonito!!!! Não sei, sequer, que tipo de escrita teve, ou que leitura se lhe pode fazer. Pelo que vi de uma apreciadora, comentando hoje na TV, não devo ter perdido grande coisa! Mas pode ser também preconceito e o futuro me leve a um eventual e hipotético e… encontro qualquer de 7.º grau!!!!!
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Independentemente ‘de isto ou de aquilo’, não deixa de ser uma referência na literatura portuguesa, principalmente na do séc. XX.
Li “A Sibila” no ensino secundário para fazer um trabalho para uma amiga minha. Não sei explicar muito bem, mas deixou-me uma “sensação curiosa” de um universo literário com algo especial.
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Nunca tive curiosidade para a ler. Se calhar agora não a vou ler. Talvez daqui a uns anos possa pegar num dos muitos livros e poderei usufruir da sua escrita , com olhos de ver….e ler….
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Manos, manos.
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Li o “Sebastião José” por recomendação para um zeco de História. Não me deixou grandes recordações.
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Li e «ensinei» a ‘Sibila’. Não é de fácil leitura, mas tem algo de Aquilino, o que me fez afastar da escritora.
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Pois eu gosto muito dos livros…de José Saramago. Um fantástico escritor.
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Bom dia, José!
Se estiver a falar a sério, já somos pelo menos dois a gostar!
Diz-me muita asneira, muita coisa errada sobre Saramago por desconhecimento (para não dizer ignorância).
Gostei de o saber. 😊
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Ó Ana…se estiver a falar a sério? SE?…Claro que estou a falar a sério. Com a obra de Saramago não se brinca. É um dos grandes escritores mundiais de sempre.
Sobre Agustina não digo nada…porque não tenho nada de bom a dizer e prefiro calar as coisas más que poderia enunciar. Deixo os elogios agustinianos para as hordas incontáveis de “leitores” que dela nunca leram nada mas que sabem que agora fica bem colar-se aos elogios (e vai daí elogiam-se a si próprios). Misérias da natureza humana…
Por mim prefiro Saramago.
Saramago foi um grande conhecedor da natureza humana, dos sonhos, das baixezas, das angústias, das contradições, da fome (de pão e de saber) mas sobretudo da fome de Liberdade.
Saramago escreveu a vida, as dúvidas sobre deus, a maldade de muitos, a bondade de alguns, as ambições de todos.
Na obra de Saramago (que leio e releio sem me cansar nunca, porque de cada vez descubro novos pormenores) encontra-se o fundamental da vida.
Saramago foi a prova de como um homem sem curso superior nenhum, oriundo do povo trabalhador, alcançou por si a genialidade…porque era genial. Muitos têm cursos e pós-cursos e doutoramentos e merdices sem fim… e não passam de animais ignorantes e arrogantes.
Se um dia os meus netos me perguntarem se valeu a pena viver…responderei que vivi muitas coisas boas, encabeçadas pela mulher maravilhosa com que casei; mas se nada mais houvesse a dar razão ao sentido…teria valido a pena viver para ler José Saramago. A quem sempre agradecerei longas horas de prazer e felicidade, página a página. Obrigado, José.
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Quando ganhou o Nobel, tinha lido quase tudo dele, desde ‘Terra do Pecado”. Faltava-me ler muito pouca coisa. Depois cansei-me da escrita de Saramago e só li ‘As Intermitências’. E não voltei à sua escrita. O homem e o escritor deixaram de fora da sua obra uma parte importante do mundo, precisamenteaquela que constituía a sua ideologia. Foi parcial, como todos afinal, sem autocrítica. Não obstante, o ‘Ensaio sobre a Cegueira’ é a sua melhor obra. Também ele era cego para o que queria e cria.
Ando ocupado com russos e pretendo reler a ‘Ilíada’.
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António,
compreendo e respeito a sua opinião. É um fenómeno comum as pessoas cansarem-se das coisas, das pessoas, dos dias… E a literatura não é exceção.
Como sou saramaguiana, sem qualquer pretensão, leio-o há décadas e não me canso. Às vezes faço pausas mais ou menos terapêuticas da sua leitura, porque gosto de ler outras coisas, outros autores, mas acabo por voltar sempre a Saramago.
Se foi parcial e cego, foi-o porque era humano, logo falível.
E é também por isso que o admiro.
A par do valor da sua escrita, sempre me tocou o facto de se conseguir sentir o homem que existia por detrás das palavras. Para não falar do coração sensível, apesar de rotulado de homem seco e frio (leia-se a obra, ou, então, algumas das dedicatórias magicamente simples e belas que dirigiu a Pilar em alguns dos seus livros – não poderiam ser do tal homem frio e arrogante que quiseram fazer dele), da mente inquieta, da preocupação com questões éticas, etc.
Para não me alongar mais, termino o meu comentário assim (e assim fica “o resto” dito):
“Se puderes olhar, vê. Se puderes ver, repara”
José Saramago
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Sugestão de leitura, Paulo : “Contemplação Carinhosa da Angústia”.
” Ensinar as pessoas a ser livres implica amá-las de uma maneira perfeita. Mas a perfeição traz com ela uma estranha companheira, que é a humilhação da espécie humana. Assistimos hoje, talvez como nunca, à condenação formal de todo o elitismo, ao rebaixamento da valores e ao descrédito da cátedra. Isto acontece porque o número naturalmente descobre na excepção, na exigência, na superioridade criadora, uma ameaça ao desfrute das suas tendências niveladas à altura do habitável e do sentido comum das coisas.Mas se a inteligência desobrigada não sofresse a pressão das ideias extraordinárias, o mundo recaía depressa na barbárie. E para que essa moção da vigilância não signifique uma violação dos direitos da mediania – a tão agradável mediania que situa o homem na dimensão atingível e digna de se viver a curto prazo – é preciso […] “
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Eu já li isso (ou equivalente) ao Jacques Barzun há uns bons anos (The House of Intellect).
https://archive.org/details/houseofintellect00barz
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Os livros falam sempre das mesmas coisas, Paulo. Sempre foi assim. Só as vozes é que são singulares.
A Agustina era uma mulher terrível, cruel, até.
Mas era uma mulher livre, e como escritora disse sempre o que pensava, e nunca teve rótulos nem pertenceu a escolas. Não andou aí a bajular ninguém nem a salivar por elogios e comendas.
Goste-se ou não julgo que merece o nosso respeito.
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Sou virgem quando a leitura da Agustina
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Li Fanny Owen… como já tinha lido Eça não me encantou…
A Sibila já são “outros vôos”…
Mas não fui mais além.
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gostei aí da Maria “só as vozes é que são singulares”… eu tamabém não li quase nada dessa senhora da minha terra…só lembro a “Sibila” (não na escola que já sou mis velha), fiquei assustada com a autora, depois, revi-a nos quadros da Paula Rego…parece estranho? bem, virei, na altura, p ro Rentes de Carvalho que me devolvia os carreiros do Douro com mais paz…abraços
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