Após uma derrota clara, há várias maneiras de lidar com as suas consequências, desde negá-la ou dizer que se perdeu agora, mas se ganhará num futuro radioso (ou nos Céus 🙂 ) até à dispersão de tentativas para encontrar um caminho alternativo de “luta”, o mais depressa possível, para continuar a dar uma aparência de movimento e assim mitigar a tal sensação de perda e o desânimo consequente. Observo e leio diversas “estratégias”, a maior parte delas repetidas de outros momentos parecidos, e quase nenhuma tem a mínima hipótese de mobilizar mais do que minorias de activismo de consumo rápido. Entendo a urgência de dizer que não existiu rendição, mas seria melhor fazer uma pausa e analisar as condições que levaram a que as coisas se tivessem passado como passaram. Sem duas coisas: sem os “líderes” culparem as “massas” a a “classe docente que temos”, porque se assim é, talvez fosse mais indicado irem liderar os mineiros da Inglaterra nos anos 80; e, já agora, sem arranjarem explicações retroactivas que desculpabilizam sempre os mesmos ou os que têm o cartão ou camisola certa.
Por fim, estou cansado de vendedores de ilusões ou de gente que acha que tem a passada maior do que a perna. Cada um@ de nós deve ter a noção do que é capaz, ou não, de fazer ou de estar disposto a sacrificar, não esperando sempre que sejam os outros a tratar do problema e depois logo se vê. Este não é um problema da classe docente, é da natureza humana.
A derrota é claríssima. Há um país inteiro contra os professores ( a maldição tão bem sucedida de MLR) e os privilégios dessa classe tão bem paga e com tantas férias. Acresce ainda que são muitos os alunos que também pensam assim. O Mário Nogueira faz parte do problema: agora mais que nunca. Devia ter percebido isso e de , por uma vez, pensar nos professores que apregoa defender. Criou cisões, divisões, trapalhices várias. Negociou um estatuto duvidoso..
Penso que , e num futuro mais ou menos breve, só a falta de professores poderá devolver alguma justiça . Mas isso já deixará de fora muitos e não vai curar nunca as feridas e as injustiças e arbitrariedades.
Um mérito isto teve: mostrar que somos tão bons e tão maus como toda a gente. Só quem não está na escola é que pode sonhar com uma classe impoluta e solidária. Pequenas ou grandes invejas; ambições várias sonhadas a qualquer preço; “bufos” para todo o serviço, autoritarismo cego e estúpido nos vários patamares das “chefias”. Muita incoerência, inconsistência e demências várias.
Morte ao Rei! / Viva o Rei. Aceitação acéfala de tudo o que vem. Inclusão, flexibilidade, semestres, formação.
A escola é hoje um lugar turvo. Há excepções, claro. É o que nos vai valendo.
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https://duilios.wordpress.com/2019/06/17/com-o-1a-em-dia-de-provas-provas-do-2ano/
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Bom dia e boa semana para todos.
Bom post do Paulo e muito bom o comentário da Maria.
Os meus parabéns !
Achei graça incluir o M.N.e dizer que faz parte do problema. Não posso concordar mais.
Acho que não sabe o que é ganhar.Perdeu sempre … sempre !
Negociou um estatuto duvidoso?
Negociou sim,( tentou ) negociar um estatuto que defendesse apenas os seus interesses pessoais e a sua breve aposentação.
É mesmo o que senti e penso !
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Maria:
Comentário absolutamente lúcido e contundente. Muito bem!
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Contudo, o querido líder Mário “Fidel” Nogueira foi reeleito com 97% dos votos.
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Obrigada, colegas.
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Só tive direito a visualizar por uma fresta o mundo em que MN se move…a sequência da atuação nas circunstâncias atuais não me surpreendem.
https://duilios.wordpress.com/2019/06/17/provas-do-1ociclo-2o-ano-portugues-e-estudo-do-meio/
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Provas do 1ºciclo de Português e Estudo do Meio com ficheiro audio é para incluir os alunos com deficiência auditiva suponho…
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“Este não é um problema da classe docente, é da natureza humana.”
Nem mais!
Julgo que os docentes (ainda) são seres humanos. MN é de outra esfera/dimensão, logo está acima de toda e qualquer falha ou erro, ou defeito, ou fraqueza, ou… de tudo…
Viva o MN, o eterno.
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