Não é aquele eufemismo da “Educação para a Saúde”? Que depois tem uns conteúdos transversais e meia dúzia de horas por ano para tratar não se percebe exactamente o quê. Hoje há por aí fartura de notícias sobre o assunto… porque as escolas “não cumprem” a lei, ou porque a dita cuja “não chega a todas as Escolas” ou porque lhe é “dada pouca atenção”.
Não sei se repararam, mas a culpa é sempre das “escolas”.
Como ainda ontem estive a escrever o meu naco de prosa para incluir no relatório de final de ano do trabalho com as turmas de 7º ano nesta matéria, gostaria de, com ressalva de excelentes exemplos e naturais excepções, deixar aqui umas breves notas, daquelas curtas e grossas, em crescendo de retórica irritação, tudo com conhecimento directo no chamado “terreno”.
- Como está delineada a sua implementação a “Educação Sexual” é uma miragem, um simulacro, como tanta outra coisa despejada no currículo aos retalhos por políticos com mais agendas políticas do que verdadeiro interesse em servir os alunos.
- O trabalho que muita gente tenta fazer é objecto de um notável voluntarismo e dedicação, quantas vezes dando apoio aos alunos de forma individualizada nos seus problemas em tais matérias, fora de horários e em situação informal. Há situações quantas vezes dramáticas que, por falta de um ambiente familiar estável ou estruturado, acabam por ter na escola o único apoio em termos de adultos.
- Há encarregados de educação que, pela sua postura ideológica, recusam todo e qualquer trabalho nesta matéria com os seus educandos e educandas, chegando mesmo a fotografar a mera enunciação de temas a abordar ou sumários e a colocá-los nas redes sociais (por vezes recorrendo a terceiros por evidente falta de qualquer coisa a que se poderia chamar carácter) para “denunciar” a “lavagem cerebral” em decurso nas escolas por parte dos “radicais de esquerda”. Felizmente, nunca me aconteceu, mas já vi acontecer, incluindo a parte em que há quem manda divulgar e o operacional da divulgação.
Nós temos várias sessões em parceria com universidades, quase todas privadas . Confesso que , frequentemente, este sexo é muito entediante !
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Na minha há umas sessões em parceria com instituições de ensino superior. Confesso que não imaginava que o sexo fosse tão entediante!
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Há já muito que as escolas estão transformadas em mercearias: há de tudo um pouco, mas pouco de tudo.
De qualquer modo, vou registar o facto no livro dos devedores, vulgo, caloteiros. Culparei os fornecedores pelo facto. Parece-vos bem?
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Poupou-me tempo. Ia escrever isto mesmo.
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“Confesso que não imaginava que o sexo fosse tão entediante!”.
Lá está: é por isso que não há a dita nas escolas. Seria justo passar essa ideia aos miúdos?
O que vale é que eles não ouvem essas coisas. Eles descobrem-nas sem a “ajuda obrigatória” das escolas. Nisto o presente é igual ao passado.
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😊😉👍
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Eu sou depravado lascivo, 🙂 será que posso lecionar Ed. Sexual?
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“Mas Existe Educação Sexual Nas Escolas?”
Claro que sim. Basta pensar nas chefias que nos f**** a cabeça todos os dias.
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“Mas Existe Educação Sexual Nas Escolas?”
Basta pensar nas chefias que nos f…. a cabeça todos os dias!
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Não concordo. Em muitas escolas esta área é lecionada em muitas aulas na área de educação cidadania e civismo conforme planificação.
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E lecionas o quê?
Como se fazem bebés?
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Como fazer bebés devagar,devagarinho.
Eheheh 🥁
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Combater a ignorância sexual em muitas dimensões que não caberiam aqui mas que qualquer cidadão deveria conhecer
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Só a designação “Educação, Cidadania e Civismo” remete para uma situação pouco generalizada. Sim, existe em “muitas” escolas, mas não existe enquanto algo estruturado no sistema educativo para além de um normativo sem condições práticas para ser aplicado em todas as turmas e muito menos quando existe resistência activa por parte dos EE.
Não devemos confundir algo que já há 20 anos se fazia, com gabinetes de aconselhamento ou mesmo jornais escolares onde se esclareciam anonimamente dúvidas (oarticipei num ainda nos século passado) com algo coerente em todo o país.
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