Uma avaliação cumulativa, em que os alunos fossem alcançando objectivos, desenvolvendo competências, aplicando conhecimentos adquiridos ao longo do ano lectivo com um horizonte de 20 na classificação final (para a qual deveriam conhecer as condições no ninício do ano lectivo de forma clara e objectiva), mas que teria classificações intermédias nos períodos, semestres, bimestres, trimestres, o que entenderem. Ou seja, o aluno poderia ter 6 no primeiro período, 13 no segundo (+7) e 18 (+5) no terceiro, conforme os objectivos/competência/conhecimentos que fosse alcançando. E poderia gerir o seu ritmo, em especial se os seus progressos pudessem ser conhecidos de forma “contínua” e transparente. Poderia querer trabalhar mais num período do que em outros. E tudo poderia ser feito com testes, trabalhos, projectos ou seja o que for. Sejamos heterodoxos e toleremos metodologias diferentes.
Só que isto implicaria mesmo uma mudança de “paradigma” na forma de encarar as aulas e a avaliação. Não seriam mudanças cosméticas com “descritores” e grelhas disto e daquilo. E muito menos com reuniões para tudo e nada. E até poderia ser feita por ciclo, com um total global.
No Básico também seria possível, com a escala de 0 a 100% e conversão posterior em escala de níveis de 1 a 5 ou a 10 (a minha preferida). Os alunos iriam sabendo quanto já tinham alcançado. Não é muito diferente do que se usa em abordagens menos convencionais da avaliação, só que sem fingir que é novo e depois acabar por dar notas de 1 a 5 como sempre em cada período.
Isso, sim, parece-me “inovador”, mesmo se exista, quase por certo, quem me diga que já foi experimentado algures. Não me sinto bafejado pela singularidade intelectual absoluta como é apanágio dos inovadores por desígnio.
Andamos todos a inventar, quando se sabe que o vinho tem de maturar.
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Eu acho que pouca gente anda a “inventar” e muita gente a reciclar.
A “maturação” resulta de décadas nisto. Já estive numa escola onde se usavam os descritores do post abaixo. Era divertido, porque a maioria era para as atitudes e os alunos ficavam chumbados logo nesses, ainda antes de chegarmos aos conhecimentos.
Claro que associada a a esta ideia deveria vir a decisão sobre critérios de transição/retenção ou mesmo os limites temporais para atingir determinados valores e não existirem matrículas para a vida, como em tempos nas Universidades.
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Andamos todos a inventar no sentido em que nada disto é para levar «a sério», já que a finalidade última é acabar com os chumbos. E, acabando com os chumbos da forma como foi delineado pelo desaparecido, estamos a condenar os que se situam na parte inferior da pirâmide a permanecer aí, pois as elites serão sempre as elites.
Sim, andamos todos a inventar, porque todos sabemos que nada se destina a melhorar a aprendizagem, o ensino, a educação, o que se quiser chamar.
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Andam a inventar a roda (quadrada).. Haja pachorra .
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Concordo quase a cem por cento. mas agora que foi colocado aqui, fora dos locais devidamente creditados pelos que falam de cátedra, não terá hipótese de vir a acontecer…
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Se se começar por não atribuir ponderações a cada período considerando que o ano é um todo e que de vez em quando se pa(á)ra ver como está o garoto, é perfeitamente possível e nada complexo.
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Já fiz isso, mas a minha escola andou para trás.
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No primriro ciclo a avaliação só começou a ter pauta e número com o advento dos agrup. verticais.
Entregarei hoje o terceiro requerimento para redução do tempo letivo. Ouvi alguns colegas queixarem-se que mesmo com 20 horas letivas lhe querem dar titularidade de turma. Espero que não, embora saiba que em escolas pequenas vai ser cada vez mais uma realidade. Os diretores dizem que é a tutela que recomenda. E a autonomia é a fingir?
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Não mudando o paradigma das classificações nos exames e no ensino superior, todas as ideias diferentes do atual soam a falsas e a floreados para inglês ver.
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