… para idiotas e estúpidos porque essa é a única maneira de os manter contidos e em minoria em qualquer desses espaços públicos, em especial na dupla condição de política e comentadeiro..
Dia: 13 de Julho, 2019
É Indolor E Inodoro Ser-se Articulista Num Semanário “De Referência” Sem Revisão De Texto Ou Verificação de Factos
(não é que eu escreva sem erros e gralhas… e até há uns tempos levei com uma bem divertida, mas peço sempre que me leiam os textos antes de publicarem, mesmo aqueles pelos quais não recebo um tusto…)
Ad Eternum
Marcelo insiste que se deve saber “tudo” sobre Tancos quando já se percebeu há bem mais de um ano que nunca se irá saber tudo sobre Tancos. Como nunca se sabe nada de verdadeiramente relevante sobre tanta coisa que por cá se passa, mesmo aquilo de que por vezes até se parece estar a saber algo.
De Bolso
Gosto do formato (ajuda à gestão do espaço) e do preço (ajuda à gestão financeira) e ainda me permitiu hoje, numa fnac, ouvir em tom público a manifestação da inteligência superior de uma funcionário ali pelos vinte e pouco que ao meio dia já deve estar chateada com a vida e os clientes. Quando lhe fiz notar que os livre de poche estão a oferecer, em parceria com a fnac, um saco de linho a partir da compra de dois livrinhos e que era melhor do que o de plástico que me estava a dar, depois de ir enfastiada buscá-lo, virou-se para a colega e sem problemas em ser ouvida saiu-se com esta “não percebo estes ecologistas, agora por causa do plástico, andam só a deitar árvores abaixo”. Eu sei que no cérebro dela certamente o que disse teria alguma relação com o facto de eu ter recusado o saco tradicional – pois não se coibiu de o dar a entender com a sua pouco subtil linguagem gestual e olhar reprovador – e ainda estive mesmo para lhe perguntar se tem visto visto muitas árvores de linho a ser cortadas, mas depois pensei que já não estou em período de aulas e que quem se mete com gente parva é porque tem tempo para gastar, ainda é mais parvo ou está com necessidade de descarregar a bílis. Não era o meu caso, pelo que a deixei feliz com a sua auto-satisfação cívica.
Sábado
Há um ano estávamos quase a fechar a barraquinha das greves. No dia 10 eu anunciara que tinha feito a última escala, farto de todo um processo no qual os queimados fomos sempre nós. Depois foram os cálculos de quanto cabia a cada pessoa do fundo da greve. Este ano estamos na paz dos senhores que mandam nisto, rodeados de “sucesso”. Eu aprendi alguma coisa. Ou reaprendi que não se confia em quem sabemos ser incorrigível.