Se estão num município que aceitou a transferência de competência na Educação, por cada pacote de fotos das férias, façam uma pesquisa no base.gov.pt em busca dos contratos já feitos para “consultoria” e “estudos” para “estratégias” de combate ao “abandono e insucesso escolar”. Se estiverem com umas horas assim sem mesmo nada para fazer, tentem cruzar esses dados com os interesses locais e nacionais que estiveram na origem dessa medida, assim como da promoção da “autonomia e flexibilidade”. Já que a imprensa séria não acha que o assunto mereça grande atenção, poderíamos ser nós e dar com os rabos com os gatos de fora. Como enunciar o projecto de melhorar indicadores que em algumas paragens já rondam o zero ou mínimos históricos. Porque quem está perto e conhece as figuras percebe melhor as manhosices que andam em decurso um pouco por todo o país, com empresas nascidas como cogumelos para estes assuntos e os “agentes” que andam a beneficiar com tudo aquilo que poderiam ser as escolas a fazer se tivessem verdadeira autonomia e lideranças dinâmicas e não meras figuras de cera instaladas à espera de assim se manterem se não desalinharem ou derem nas vistas.
E nada como cruzar isto com sessões de “formação” ou “esclarecimento” com as presenças vip do costume. Umas que depois fazem “guias”, outras que estão na coisa mais pela “influência”.