Tarefa (Leve Mas Útil) De Férias

Se estão num município que aceitou a transferência de competência na Educação, por cada pacote de fotos das férias, façam uma pesquisa no base.gov.pt em busca dos contratos já feitos para “consultoria” e “estudos” para “estratégias” de combate ao “abandono e insucesso escolar”. Se estiverem com umas horas assim sem mesmo nada para fazer, tentem cruzar esses dados com os interesses locais e nacionais que estiveram na origem dessa medida, assim como da promoção da “autonomia e flexibilidade”. Já que a imprensa séria não acha que o assunto mereça grande atenção, poderíamos ser nós e dar com os rabos com os gatos de fora. Como enunciar o projecto de melhorar indicadores que em algumas paragens já rondam o zero ou mínimos históricos. Porque quem está perto e conhece as figuras percebe melhor as manhosices que andam em decurso um pouco por todo o país, com empresas nascidas como cogumelos para estes assuntos e os “agentes” que andam a beneficiar com tudo aquilo que poderiam ser as escolas a fazer se tivessem verdadeira autonomia e lideranças dinâmicas e não meras figuras de cera instaladas à espera de assim se manterem se não desalinharem ou derem nas vistas.

E nada como cruzar isto com sessões de “formação” ou “esclarecimento” com as presenças vip do costume. Umas que depois fazem “guias”, outras que estão na coisa mais pela “influência”.

lampadinha21

5 opiniões sobre “Tarefa (Leve Mas Útil) De Férias

  1. Resultado final ?
    Previsível … Altamente previsível . Desta vez não ! Vou é apanhar soleil e comer bolas de Berlim e batatas fritas.
    Deitadinho e sogadito.
    Nota : longe da Ericeira.
    ⛱️🏖️⛱️

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  2. Guinote, admiro a pachorra que tens para pensar na Escola mesmo em férias. Isto é meio mundo a enganar outro meio mundo…
    E não é só por cá, passeando pelo El País descubro que em Espanha os nossos colegas preferiam ter menos alunos do que aumentos salariais. (E atenção que em Espanha, historicamente, os nossos colegas não são bem pagos. Um colega espanhol de uma povoação próxima de Badajoz,, há uns anos atrás, citou-me um dito ancestral que se usava dizer por aquelas bandas: ‘Mais mal pago do que um mestre escola’.)
    Adiante, num país em que há alunos a mais por professor, a academia espanhola, descobriu a Hyperaula, a partir de experiências galesas, imagine-se!, de uma escola de Madrid para crianças em Risco que combate o absentismo pagando aos miúdos para virem às aulinhas. Tudos isto embrulhado em Montessori, recursos de TI e conversa de chacha… O costume!

    A verdade é que um bom professor pode não precisar mais do que uma ardósia e de um pau de giz para cativar os seus alunos. E ensiná-los, e ensiná-los a refletir, e ensiná-los a pensar, e incutir-lhes espírito crítico.

    A verdade, passe a tautologia, é que as modas pedagógicas são como todas as modas: vão e vêm.

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