A Educação parece ter desaparecido das prioridades dos programas/manifestos/promessas eleitorais dos partidos com assento parlamentar. Pelo menos a avaliar pelos documentos conhecidos.
Mais do que fica escrito para uma posteridade efémera, preferi procurar o que não está lá. E há muita coisa que não está nos programas eleitorais, como a ausência da Educação, enquanto tema autónomo das “Cinco questões nucleares para o futuro do País” do PCP(ou das suas seis “políticas-chave”) aos “5 Objectivos para esta legislatura” do CDS, passando pelas 6 propostas do PSD, pelos 4 desafios estratégicos do PS ou pelos 5 pontos principais do programa do Bloco de Esquerda. Talvez por ter mais áreas individualizadas com propostas (acima da dúzia), o PAN é o único partido que apresenta a Educação de forma individualizada.
Sobram formulações vagas ou então sem qualquer explicação sobre a forma como se pretendem implementar as medidas propostas, como e com que cronograma. Pelo que é tão ou mais importante ler-se o que lá não está, nem sequer nas entrelinhas. E por maioria de razão no partido que se anuncia como o vencedor antecipado das eleições. Não está lá a reversão ou sequer flexibilização do modelo de gestão escolar, até por imposição da agenda municipalizadora. Não está uma clarificação do modelo de avaliação dos alunos, não se sabendo se, em caso de maioria relativa e estabelecimento de alianças (permanentes ou transitórias), serão viabilizadas propostas de extinção de exames e provas finais defendidas à esquerda.
(continua em texto enviado para o Público)

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