Ou dos inocentes, nem bem percebo.
Depois do ministro Tiago se ter mostrado disponível para ser o único ME a cumprir dois mandatos seguidos e de atabalhoadamente ter mandado alguém dizer que ele não dissera exactamente o que dissera exactamente, apareceram algumas adivinhações nas maléficas “redes sociais” acerca de um@ potencial nov@ ME.
Ora bem… há um questão básica que deve ser tida em conta… só um cataclismo levaria a que não fosse alguém na área do PS (ou um “independente” que, como o Tiago, rapidamente se torna dependente) e na linha das políticas desenvolvidas desde 2005 em áreas como a gestão escolar, a encenação demagógica do sucesso a todo o custo, o esvaziamento do currículo, a municipalização, a domesticação da classe docente e tudo aquilo que conhecemos até à hiper-burocratização do quotidiano escolar.
Qualquer pessoa com um mínimo de pensamento próprio dificilmente se enquadra nisto, a menos que seja um crente devoto destas tendências, que os há. Pelo que seria de deixar de fora personalidades que, em meu escasso entendimento, estão muito para além da pequenez de ser ministro em Portugal e por maioria de razão de um PM que volta a ter uma relação complicada com os factos. Ou que se assuma como de mera continuidade.
Pelo que resta aquilo a que não será ousado chamar aparelhistas ou oportunistas, que os há muitos, nada de pânico.
Só que parte deles tem muito mais a ganhar nos próximos anos com uma série de oportunidades de negócio junto das autarquias, como consultores ou especialistas em planos de combate ao insucesso/promoção do sucesso (não é só na Educação, a coisa parece uma nova versão do Faroeste). Ou em grupos de trabalho e estruturas de missão para preparar medidas legislativas, acerca das quais depois se vendem formações e manuais. Ocorrem-me vários nomes, incluindo ex-governantes, e neste caso para além do PS. É ver os contratos, seguir a pista dos centros de estudos e/ou investigação, das empresas de consultoria ou de outros mantos que ocultam ligeiramente os interesses pessoais. E para esses, ser ministro é pior em termos materiais do que beneficiar do poder de influência sobre as decisões de ministros ou secretários de Estado.
Pelo que sobram menos candidat@s com algum “perfil” ou “currículo”, que se dividirão entre “prémios de carreira” (mas nesse caso também há o CNE como prateleira honorífica), o “pára-quedismo” (não sei porquê, lembrei-me do deputado silva e o seu arreganhado “trabalho político” dentro e fora do Parlamento) ou, como no caso do actual titular, de “jovens” testas-de-ferro que nada de essencial decidem, pois são @s secretári@s de Estado a governar. Ou o casal-maravilha da flexibilização que forma uma equipa em si mesma (davam um belo par para as secretarias). Ou, claro, a secretária Leitão que é toda uma categoria à parte.

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