Observei como uma colega minha levou a maior parte da tarde de hoje a fazer materiais específicos para apoiar um único aluno neste arranque do ano. Esteve ali várias horas a escolher materiais, organizá-los em fichas (in)formativas ao ponto de eu lhe pedir encarecidamente para parar de estar já a desgastar-se a este ponto com a preocupação que lhe suscita esse aluno, sem que sejam necessários decretos, despachos, referenciais, manuais para a inclusão ou impressos diversos para que ela sinta este dever como imperativo seu. Ela faz aquilo, como muit@s de nós, porque é essa que sente ser a sua obrigação para com os seus alunos mais vulneráveis, para com aquele aluno em particular. Eu sei que por vezes pareço um bocado cínico em relação a tudo isto, mas é porque depois me irrita muito que apareçam luminárias diversas (lá do topo das cátedras ou gabinetes mas cada vez mais abencerragens de proximidade) a darem lições que ninguém pediu sobre “inclusão” ou a fazer juízos de valor sobre o profissionalismo docente. Sim, sei que há quem mereça críticas, mas raramente são ess@s a levar com a devida sapatada. Em regra, as críticas sobram para quem faz o seu melhor, mas falha em marketing, lambebotismo ou choraminguice.
(ando cada vez menos “filtrado” e com menos vontade para aturar quem pouco faz e muito fala do que não pratica. Ou da protecção dada a quem menos o merece, enquanto se queimam quem menos se sabe defender)