Conversa Da Treta Pura E Dura Pois Em Caso Algum Se Antevê Que Faça Seja O Que For Acerca Disso

Proclamação ocasional plena de vazio, conforme a plateia (neste caso uma “espera” de Mário Nogueira com comitiva sindical, a lembrar tempos pré-.geringonça de activismo façanhudo). Enquadra-se muito bem no cenário geral de fingimento que impera no país.

Não vi imagens, mas acredito que teve muitos sorrisos e quiçá abracinhos.

Marcelo afirma que “É importante que a municipalização não enfraqueça a autonomia das escolas”

profmartelo (1)

Não São Mais Ou Menos Os Mesmos?

Os que produziram (ou mandaram produzir) “informação” e parangonas a amesquinhar o mais que puderam a classe docente perante a opinião pública e apoiaram a sua desvalorização material e simbólica que agora andam por aí como se estivessem muito aflitos com a carência de professores no ensino público? Ou acham que todos nos esquecemos de quem foram e são? Já se perguntaram porque não há notícias sobre a falta de docentes seja de que disciplinas forem no ensino privado?

E a culpa de todas “falhas” de todas as brilhantes reformas, claro, será dos professores que faltam, que estão velhos que etc e tal que nem as conseguiram entender.

JN30Nov19

Jornal de Notícias, 30 de Novembro de 2019

O Factor De Sustentabilidade Está De Boa Saúde E O Centeno Recomenda-o

Um tipo com 60 anos que se reforme leva uma cacetada superior a 50% do salário, mesmo que tenha trabalhado 35 anos.

Quem no próximo ano se reformar antes do tempo enfrenta um corte na pensão na ordem dos 15,2%, a acrescer aos 0,5% por cada mês que falte para chegar à idade legal da reforma. É o resultado do aumento da esperança média de vida, um indicador que esta manhã foi tornado público pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

up+main

Comparações

Agradeço a referência acerca deste interessante índice de bem-estar da OCDE à AC. Porque quando um tipo sai dos feudos de certos amigos de Portugal, encontram-se coisas interessantes.

Eis o ranking global do bem-estar, em que ficamos à tira nos primeiros 30 em 40 países.

OCDEBetter

Mas quando o amigo Andreas não está a controlar, o indicador da Educação da “nova Finlândia” vem por aí abaixo para o 33º lugar, apesar do brilhantismo das reformas costistas.

OCDEEDuc

Mas o pior mesmo é quando se vai para o indicador da “satisfação com a vida”, pois deslizamos para o 34º lugar. Povo ingrato que não entende como os nossos governantes (se) governam de forma tão brilhante.

OCDELIfe

Sim, o ambiente e a segurança estão no top, mas tentem lá ver como são as coisas ao nível do emprego e dos rendimentos… de novo a rondar o 30º lugar. Trabalho precário e mal pago como regra de um país sem estratégia sustentada de desenvolvimento para lá de pacotes de subsídios, turismo e negociatas com empresas privatizadas que funcionam num regime que, na pior das hipóteses, é de oligopólios cartelizados que capturaram, com recurso a mexias, o Estado e os seus galambas.

Pequenez

O PÚBLICO pediu ao deputado André Ventura uma cópia das facturas que apresentou no Parlamento como prova de que os polícias e GNR compram coletes antibalísticos, mas nas 56 facturas enviadas não há nenhum colete. Mais tarde, o deputado enviou uma.

A dimensão de um partido depende do número de votos, claro, assim como do número de deputados, mas também da sua conduta ética. E é nesse campo que há muito se percebeu que André Ventura (e outros) perde(m) facilmente o pé.

Mas no fim do debate o actual PM lá lhe foi dar conversa. Conversas de camarote, por certo.

Banhadacobra

5ª Feira

Passei parte da manhã na cerimónia (muito informal) de entrega dos diplomas de mérito, académico e desportivo) aos alunos da minha escola. Algo que faço sempre com imenso prazer, apesar da opinião actualmente dominante na clique dirigente da Educação (ME/CNE e afins) ser a de que esta é uma prática “selectiva” e que promove a “competição” que se considera “pouco saudável” por oposição às “práticas colaborativas” e à “cooperação”.

Sempre me agradaram as coisas simples, mas sempre me irritaram as simplórias. Os maniqueísmos cobertos de chavões a este respeito, como se o destacar do mérito fosse contraditório com a colaboração entre os alunos e apenas implicasse uma doentia concorrência. Não nego que isso possa existir, mas também me recuso a aceitar que exista a possibilidade de coexistência entre práticas colaborativas e o reconhecimento de quem se destaca.

(até porque, e já repeti isto tanta vez, se for no desporto já podem desde petizes querer apenas ganhar, ganhar, ganhar e ser ronaldos, méssis e agora félixes…)

Quando se combina a obrigatoriedade administrativa do sucesso (sim. podem dizer que não é assim nas apenas convencem os crentes ou os que querem entrar no clube dos pipis) e a crítica ao reconhecimento do mérito, optamos por uma Escola Pública que se novela pela mediania ou mediocridade mascarada de outra coisa. Uma “universalidade” do direito à Educação não significa a universalidade (leia-se obrigatoriedade) de todos serem em tons de cinzento. É sempre aqui que esbarro com o princípio da igualdade à força.

Que mensagem transmitimos a quem quer fazer melhor quando a todos se diz que fazem bem, quando notoriamente não fazem?

Que se agarrem ao imperativo hipotético de Kant (já sei que por aqui perdi qualquer leitor que ache bem que a Filosofia esteja restrita a dois anos do currículo, que não interessa nada para a vida do dia a dia”e que não percebam porque Hume e Locke fazem sentido quando se fala em aprendizagem) esqueçam o reconhecimento pelos pares? Acho curtinho; acho mesmo que, como conceito e prática na Educação, é algo que se rende à mediocridade em vez de promover a meritocracia.

Curiosamente, fui um dos que, na blogosfera, nos tempos da “reitora” e do “engenheiro”, estiveram contra aquela coisa de dar 500 euros para pagar o mérito dos alunos do Secundário. Verdade se diga que os cheques demoraram pouco. Mas sou sem reservas a favor de serem simbolicamente destacados. Já agora, lá por 2008, muitos dos (vitalícios ou novatos) que agora muito clamam contra os quadros de mérito, voavam baixinho com receio de levaram com uma bombarda que lhes arruinasse o poleiro ou a carreira.

E como diria o mister aqui de perto, “vocês sabem bem que(m) estou a falar”.

Diplomas

(gostei muito que, para além dos premiados, tivessem aparecido outros tantos colegas que os quiseram ver a receber os diplomas… lá se indo por água abaixo a teoria da competição doentia e não colaborativa… só foi pena o Gabriel não ter podido estar com a Érica, a Rita e o Rodrigo)