Não sou a pessoa mais indicada e informada sobre o tema, mas o colega que me mandou estes elementos pediu para ser eu a divulgá-los como entendesse, Por isso, coloco quase tudo como recebi pois, embora acedendo à informação, sinto-me ainda a necessitar de perceber melhor todo este problema de que apenas ouvira falar, por existir um grupo no fbook a este propósito.
Exm. Senhor Director
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Nas sextas-feiras, das 14:30 às 15:20, na Sala 202E, senti-me bastante mal desde o primeiro dia.
Como sou hipersensível às radiações electro-magnéticas (EHS) e, por isso, tenho quase sempre comigo um analisador/medidor de altas frequências, tentei verificar, através de medições, se a causa do meu mal-estar seria causada por excesso de radiações.
Confirmei que havia excesso de radiações na sala, causada por ligações de telemóveis à Internet.
Eram tantas as conexões que se tornava impossível averiguar se os telemóveis estavam na Sala 202E ou nas salas circundantes.
O facto repetiu-se na segunda semana.
Na terceira semana, sexta-feira, 11 de Outubro, estando os alunos a realizar um teste, pude fazer numerosas medições, inclusive para tentar averiguar a localização dos telemóveis.
Durante toda a aula, as radiações oscilavam entre 400 e 600 mili-watts por metro quadrado. Muitíssimas vezes ultrapassavam o limite legal de 2000 mili-watts por metro quadrado. Várias vezes chegaram a 3000 e a 4000, sendo o limite legal, em Portugal, de 2000, inclusíve para as antenas de base da rede móvel.
Se, muitos modelos de telemóvel ultrapassam os 2000 mili-watts por metro quadrado, não é difícil, numa sala de aula, atingir aqueles exorbitantes valores.
Para se ter um termo de comparação da gravidade da situação, na viagem entre a ******* e ******, o meu medidor só ultrapassou 500 mili-watts por metro quadrado junto da antena do Hipermercado Continente. E só ultrapassou 1000 na rotunda D. Dinis, onde confluem várias antenas de base.
O excesso de radiação da referida sala, ultrapassando os limites legais, torna-se um problema de saúde pública. Não é uma questão de hiper-sensibilidade, do meu problema pessoal. O valor de 2000 foi estabelecido por critérios médicos, por se considerar que acima dele, a radiação pode causar problemas de saúde.
Embora muitos países tenham limites mais altos, o valor legal em Portugal é 2000. Na Rússia é 100, coincidente com a recomendação dos cientistas do BioInitiative Report. Na Nova Zelândia é 500.
Se na Escola não houver nenhum analisador/medidor de altas frequências, eu empresto um, para que a Direcção possa verificar a realidade por mim descrita e tentar localizar a fonte da radiação.
Suspeito que a causa será uma de duas:
- a) Ou há muitos alunos que têm os telemóveis ligados à Internet durante as aulas, nas salas circunvizinhas:
- b) Ou algum professor usa, nas salas próximas da 202E, telemóveis ou tablets como recurso pedagógico. Neste caso, a pensar nos alunos e nos professores, impõe-se equacionar a situação, em face da exposta realidade médica e legal. A tecnologia pode ser importante. A saúde não será menos…
O problema não está nos routers wireless, cuja radiação, estando nós afastados mais de 2 metros dos equipamentos, pode variar entre 5 e 10 mili-watts: o suficiente para um EHS sentir, mas que não causa aqueles níveis de poluição electro-magnética.
Para o meu caso concreto, tinha pensado em pedir para mudar de sala, para o rés do chão à entrada, do lado direito.
Possivelmente, considerando o meu problema de saúde, poderá ser preferível ter sempre aulas na Sala A7, que é menos exposta, por não ter salas nem por baixo nem por cima. Talvez amanhã entregue um requerimento nesse sentido.
Sobre o problema do uso do wi-fi nas escolas e sobre a hiper-sensibilidade, sugiro o visionamento desta reportagem da BBC:
Não faltam estudos científicos, designadamente aqui:
https://www.sessec.org/electrosensibilidad-datos-para-el-debate/
http://electrosensibilidade.blogspot.com/
Como o desconhecimento e a propaganda da indústria contribuem para fazer crer que não existem pessoas EHS, eu estou disponível para testes…
Mas, mais importante, porém, é averiguar a situação descrita, que pode prejudicar a saúde de todos na Escola. Poucos se preocupam até com a saúde individual. Mas, alguém tem de se preocupar com a saúde pública e com o respeito pelos limites legais.
Seja como for. Nas condições daquela sala, não volto a dar aulas.
Saud. e agradecimentos pela atenção,
MR
Bem para começar o link para a página do facebook não funciona…
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“Effects on general health
Some members of the public have attributed a diffuse collection of symptoms to low levels of exposure to electromagnetic fields at home. Reported symptoms include headaches, anxiety, suicide and depression, nausea, fatigue and loss of libido. To date, scientific evidence does not support a link between these symptoms and exposure to electromagnetic fields. At least some of these health problems may be caused by noise or other factors in the environment, or by anxiety related to the presence of new technologies.”
https://www.who.int/peh-emf/about/WhatisEMF/en/index1.html
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Desconheço completamente esta problemática.
Para essa sala A7 , r/ch …eu levaria um medidor de pedradas nas janelas e estores / hora.
Trocas e baldrocas .
Mas nada sei sobre o assunto.
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Também não sabia nada sobre isto mas imagino que mexa especialmente com pessoas que tenham pacemaker ou coisas semelhantes.
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Não há a mais pequena fundamentação científica para esta “hipersensibilidade”. É mais um caso de causa pseudocientífica de foro ambiental-conspiracionista (veja-se que nenhum dos links remete realmente para um estudo científico).
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