Vivemos num país imaginário, onde a representação impera sobre a realidade. Onde se “produz” riqueza ou pobreza, sucesso ou fracasso conforme as conveniências. O trabalho do Expresso sobre a cartografia dos carros de luxo é apenas um exemplo adicional. Consta que é na região de Lisboa que está a maior riqueza e os rendimentos médios mais altos, mas depois temos a maioria das “bombas” em concelhos do interior, empobrecidos e onde se diz que a riqueza é menor, quase sempre no norte do país. Enquanto uns gostam de produzir uma aparência estatística de sucesso (como na Educação), há os que preferem a humildade fiscal, mas não resistem ao exibicionismo.
Já Eduardo Lourenço escrevia, na esteira de quantos outros em outros século, que vivemos numa estado de permanente representação. Somos actores, em especial palhaços ricos e palhaços pobres, conforme as conveniências.
Tudo isto não passa de um suponhamos !
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