As sucessivas mentiras na Educação e o futuro dos nossos filhos e netos
Até quando deixaremos que nos iludam, como na fábula de O Lobo e O Cordeiro, pondo em risco, com a nossa ingenuidade, o futuro dos nossos filhos e netos? Aos professores se apontará depois o dedo acusador pelas nefastas consequências de tal propósito.
(…)
Digamos NÃO! a esses “peritos”, nacionais e estrangeiros, que, nas palavras de Agostinho da Silva, “amam o povo, mas não desejariam, por interesse do próprio amor, que saísse do passo em que se encontra; […]. Vêem-se generosos e sensíveis quando se debruçam sobre a classe inferior e traduzem, na linguagem adamada, o que dela julgam perceber; é muito interessante o animal que examinam, mas que não tente o animal libertar-se da sua condição; estragaria todo o quadro […].” Caber-nos-á a nós estragá-lo, insurgindo-nos activamente contra a Mentira!
Dia: 27 de Novembro, 2019
As Prioridades Trocadas
De acordo com a agenda da ONU para o desenvolvimento sustentável há 17 objectivos com a seguinte ordenação:
Como se percebe, em Portugal começa-se pelo objectivo 4, porque os dois primeiros dão muito trabalho e o terceiro custa dinheiro a sério.
O Determinismo Histórico Funciona Só Quando Dá Jeito
Ouvia hoje, perto das 14, na TSF, a conversa de “senadores” entre David Justino e o representante do PS que hoje era José Luís Carneiro (em vez do mortalmente pastoso e entediante Carlos César). Quando chegou a parte de explicarem porque os níveis de pobreza em Portugal se mantêm quase inalterados apesar da propaganda acerca do aumento dos rendimentos, ambos se refugiaram na questão “estrutural” e do “contexto histórico” em que tem evoluído o fenómeno em Portugal, salientando, apesar de tudo, os ganhos significativos conseguidos nas últimas décadas.
Ora, sendo eu normalmente criticado por insistir na questão “estrutural” do nosso atraso educacional e na necessidade de atender ao “contexto histórico” que tem condicionado a evolução dos nossos indicadores, apesar de tudo com ganhos muito significativos conseguidos nas últimas décadas, fiquei algo baralhado.
Ou não.
Porque se há coisa que sei é que isto do argumentário político é como os interruptores e os cataventos.
O Mistério Dos 0,02%
O Paulo chamou a atenção com toda a razão. O relatório do CNE identifica cerca de 20 docentes como estando no 10º escalão em 2017/18. Ora… no início desse ano lectivo e até 31 de Dezembro de 2017, em teoria, ninguém poderia lá estar legalmente. No fim do ano estariam já muitos mais. Seria interessante que os técnicos que fazem estes quadros fossem um pouco mais explícitos ou claros acerca do momento em que “colheram” os dados.