… que não me parecem as melhores.
(c) Dave Whamond
… que não me parecem as melhores.
(c) Dave Whamond
Na peça do Educare com os votos de algumas figuras para Tiago Brandão Rodrigues em 2020. Há alguns particularmente divertidos, mas penso que de forma involuntária. Mas recomendo a leitura para que se percebam melhor certas cartografias do poder.
(não me pediram votos para o resto da equipa do ME, o que é pena, tinha aqui a recomendação de um livro muito giro sobre competências e conhecimentos para o senhor secretário…)
Por estas bandas, o 2019 despede-se com nevoeiro e tons de cinzento acinzentado. Confere.
Pois, não comprei nenhum Chico Buarque, nem Lobo Antunes. Dos expostos, gosto muito de quase tudo, excepção ao João Tordo, que me parece demasiado não sei quê a querer demonstrar que é mesmo literatura muito séria e pouco divertimento. Li, mas custou. Pelo contrário, o Rentes de Carvalho parece um miúdo alegre por contar as suas histórias.
Aplica-se o que já escrevi. Nem tudo foi necessariamente comprado este ano, mas foi o ano de leitura. Da mesma forma, há o que tenha sido comprado, mas tenha sido lido até à fase em que deixou de ser, porque outras coisas apareceram e estava a demorar (A Cidade em Chamas). E há a certeza de que há alguns (thrillers, em especial) que terão de fazer parte doutro post, porque andam algures. Maior surpresa? As Quinze Vidas de Harry August. Compra automática para ter a séria completa, mas sem entusiasmo, tipo Astérix? O 6º volume da série Millenium, que continua a anos-luz dos três originais.
Não sou o papá perfeito, nunca o fui. Sou irritável e também me encrespo sempre que necessário. Ou não, dependendo das opiniões e posições. Mas estes dias são muito esclarecedores acerca do nível de paciência da parentalidade dos millenials quando obrigados a conviver com a descendência mais de um par de horas com os olhos abertos e a necessidade de andar com eles mais do que o fim de semana em espaços públicos. Não tenho muita razão de queixa enquanto professor nesse aspecto, mas sei de muita gente que sofre bastante às mãos e língua de uma geração que desaprendeu quase por completo a noção de que ser mãe/pai não se trata apenas da consequência biológica de uns momentos de convívio íntimo, mais ou menos planeado. O que fariam se não tivessem um zingarelho cheio de cores e movimento com que aquietar a petizada? Sim, todas as gerações dizem o mesmo – ou parecido – daquelas que lhes sucederam, mas olhem que eu já estou nos limites aceites para a Geração X, aquela ~que passou por muita confusão e desorientação.
Porque o contrato é de 13 de Dezembro. Uma espécie de Pai Natal.
Aquisição de serviços de desenvolvimento de software, que promovem a evolução do sistema Escola 360 e que envolve 2 frentes: a. Suporte, manutenção evolutiva, adaptativa e corretiva; b. Substituição de Oracle BPM em processos de assiduidade, avaliações, matrículas e transferências;
Muitas vezes a falta de vontade de escrever tem boas razões. As coisas correm bem, a cabeça não sente necessidade de exteriorizar nada de relevante. Em outros casos, é mesmo o fica-se abismado com a estupidez de um juiz que, em vez de corrigir um erro administrativo, opta por absolver um criminoso. Infelizmente, há outros casos assim.
Já expliquei que a opção pela compra regular das edições em paperback alia a poupança na carteira à do espaço nas estantes, mesmo se ameaça a longevidade do cartapácio. Fica aqui o melhor do que fui acumulando este ano em matéria de leituras, não necessariamente comprados ou publicados este ano, como é fácil constatar, nem sempre lidos na totalidade (casos do The Spy and the Traitor ou do Homo Deus), porque há momentos em que apetece “saltar” para outros. Neste aspecto, gosto de seguir em parte a lógica do Nick Hornby na sua coluna no The Believer. Há coisas que se compram e vão ficando à espera para serem lidas.
Entre todos, recomendo o 24/7 de que existe edição nacional da Antígona (descontando uma parte do final, que se torna irrelevante para a tese nuclear), o Everybody Lies (que permite umas inesperadas boas gargalhadas à custa dos dados sobre as pesquisas no google) e o The Establishment.
O analfabetismo funcional que é possível observar nestes dias de compras e trocas de prendas, pagamentos apressados em multibancos ou outras operações complexas como enviar uma encomenda pelo correio físico, sem ter nenhuma app a ajudar é algo indescritível. É verdade que muitos impressos parecem ter sido elaborados para confundir quem não seja mestre em administração inovadora da treta, mas não é menos verdade que há quem nem consiga saber qual é o lado de cima ou de baixo das coisas. A falha é do sistema educativo ou da adesão acrítica à facilidade de clicar em bonequinhos nos zingarelhos para que as coisas pareçam feitas?
Ontem, no Governo Sombra, o muito elogiado convidado especial Adolfo Mesquita Nunes, chegando à Educação, considerou como medida mais prioritária o “rever os conteúdos” (acrescentando que mais do que os currículos) das disciplinas para os adaptar à nova Economia Digital.
Parecendo uma coisa evidente e incontroversa, a mim parece o contrário, pois se um dia os chineses apagam a luz ou os russos cortam a net isto vai parecer um formigueiro desorientado a quem cortaram o carreiro ou uma epidemia de baratas atarantadas por terem de descobrir o caminho para os sanitários sem o wake e o gps.