Começa A Ser Rotina

Mas o importante pró Tiaguito é fingir que é político e disputar com o Crato os resultados do PISA. Tudo isto é demasiado mau para merecer muitos comentários. É do domínio das “evidências”. Claro que é escusado esperar que o papá Ascens(ç)ão também se pronuncie sobre isto, para lá da balela certificada.

Professora grávida agredida por mãe de aluna dentro da sala de aula

Tristesse

(e se aparecer alguém a exibir estatísticas a dizer que tudo está muito melhor, merece que lhas coloquem com escassa delicadeza em orifício doloroso)

No JL/Educação

Depois publicarei o texto integral sobre a forma como a “escola a tempo inteiro” é um subproduto da desregulação neoliberal dos horários de trabalho, com a rendição de certas “esquerdas” a essa lógica. A escola-fábrica é a escola onde se deposita a petizada 12 horas por dias e ainda há quem se congratule com isso.

 

Pelo Educare

As Guerras do PISA & Manjerona

Esta foi semana de divulgação dos resultados do PISA 2018 e nesta altura, mesmo entre os que publicamente desdenham de rankings, testes e comparações internacionais, há sempre uma dose acrescida de excitação para se tentar perceber quem pode reclamar louros ou a quem se podem apontar dedos acusadores pelos resultados que deveriam ser dos alunos. Como se em períodos de três anos fosse possível fazer o exame rigoroso de políticas que devem ser perspectivadas na longa duração.

pg contradit

4ª Feira

Dia de JL/Educação, em que gosto sempre de ver como destoo do resto das prosas, no caso de hoje destinadas a provar, demonstrar e inscrever em pedra que a retenção/chumbo/repetência é um flagelo que é possível combater até à sua erradicação. Objectivo que não recuso. Mas, em todas essas prosas, entre as quais avulta a maior qualidade do texto de João Couvaneiro, elevado a porta-voz mediático da política educativa do governo, uma espécie de Porfírio Silva mas em menos hipócrita, falta um aspecto essencial: quando os alunos e famílias optam por não colaborar, por virar as costas à escola onde apenas vão buscar o que lhes interessa (o convívio, o almoço, o “armazém” para depósito da criançada) ou que nem sequer por lá aparecem (e não me venham com aquilo da denúncia de todos os casos para as CPCJ ou “forças da autoridade” porque isso apenas significa que não sabem do que falam ou escrevem), a culpa é apenas e só da escola e dos professores? São estes que “falham” quando há encarregados de educação que nunca se deslocam à escola, que não justificam faltas, que não se responsabilizam pelos seus educandos ou quando estes adoptam uma atitude de clara e inquestionável recusa de colaboração, por muito que se tente e faça?

A verdade é que já vejo muitos desses a passar de ano, apenas por “antiguidade”. Porque “tem de ser”, mesmo quando não fizeram nada que o merecesse e tudo foi tentado no âmbito pedagógico ou mesmo de relacionamento social e pessoal?

O passo final é começar a transitar alunos que apenas passaram pela escola para fazer a matrícula, mas já vi a coisa mais longe. Porque é mais “barato”, porque são os “mais desfavorecidos”, porque “todos têm direito ao sucesso”.

Polegares

(claro que tudo se torna mais ridículo quando se diz isto a quem está anos a fio num escalão por não ter vaga, mesmo tendo avaliação de Muito Bom, porque a política geral e de proximidade é a do gargalo por onde passam apenas os que dão a patinha e revelam “espírito de equipa” ou “colaborativo” com todo o género de disparates)