… em que a alguém que está prestes a morrer aparece o Diabo a sugerir uma “troca”: por mais um dia de vida fazer desaparecer qualquer coisa do mundo. Parece ideia do Woody Allen, mas é de um tipo japonês com algum talento para a coisa, mas com menos humor do que a ideia requereria.
Mas adiante… a verdade é que o narrador acaba por perceber que o outro lado do que lhe é oferecido não compensa a extensão da própria vida. Depois de prescindir dos telefones, dos filmes e dos relógios, recusa-se a sacrificar os gatos e a viver mais um dia se isso significa sacrificar os bichanos.
Se ele não tivesse meios para o comprar, acho que mandaria de oferta para um certo secretário de Estado que parece estar em permanente estado de laboratório intelectual, assim a produzir “ideias inovadoras” (agora sem disciplinas, agora sem aulas, agora sem portas, agora sem paredes, agora sem notas, agora sem exames, agora sem professores, agora sem directores de turma, agora sem o raio que nos parta) como uma chaminé da velha cuf cuspia fumarada tóxica.
Que raios… porque falhou esta gente as tripes maradas dos anos 60?

(a ver se nos entendemos… eu não recuso a mudança, tenho é muitas reservas acerca da transformação do sistema de ensino público no recreio onde brincam meia dúzia de maduros armados em “inovadores”…)
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