Pelo Baixo Alentejo

A Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo tomou conta da Educação na região, na sequência da maré rosa nos municípios da zona em 2017, e há 900.000 euros para gastar. Ficam aqui apenas os dois documentos mais extensos da candidatura às verbas do PIICIE. Para ver como as coisas estão a decorrer. Fica aqui a sessão de evangelização flexibilizadora de final do ano lectivo anterior.

Anexos:

Violino

Sobre “Vergonhas”

Não tenho qualquer estima pelo André Ventura, pois não consigo apagar a “persona” mediática oportunista da CMTV (e nem todos os críticos de Sócrates são meus “amigos”), peão de interesses de que é apenas uma extensão, algo que me ensina que a sua colagem a polícias e professores não passa de caça ao voto. Pelo que não há qualquer proposta de “voto de condenação” que o redima do resto.

Mas também me escasseia o respeito pela actual segunda figura do Estado, que não passa de alguém a quem o PS devia pagar uma dívida grande pelo que o fez passar há 15 anos. E a forma inábil como se incomoda com termos como “vergonha” enquanto a mentira clara e despudorada de algumas intervenções parlamentares não lhe suscita qualquer reparo, pouco faz para que melhore a imagem que tenho dele, que é a de uma espécie de viscosidade do regime. Não sei, claro, se “viscosidade” é uma termo ofensivo, mas pensei que jabba the hutt seria pior.

Shameless1

 

Está Em Decurso A (Segunda) Maior Operação Financeira Das Últimas Décadas…

… de deslocação de verbas da Educação Pública para grupos privados, logo depois da “festa” da Parque Escolar (que a “reitora” não viu e que – aposto – em tribunal acabará nos arquivos da má memória). Um conjunto muito substancial de verbas, que nem sempre é fácil controlar por estarem espalhadas por diversas autarquias e comunidades intermunicipais, está a ser usado, com o pretexto do combate ao abandono e insucesso escolar (apesar destes indicadores terem uma evolução muito favorável ao longo das últimas décadas sem qualquer necessidade disto), para estender rendes clientelares locais em vez de servirem para dotar as escolas e agrupamentos de pessoal humano permanente e meios técnicos adequados para cumprirem a sua função. Se tudo o que está a ser feito está mal? De modo algum, há projectos interessantes e boas intenções que até correspondem a boas acções. Mas há mais do que isso, muito mais. A começar pelas tais “consultorias” com gente próxima do poder político na Educação desde os anos 80 e 90 do século XX que, finalmente, conseguiram redireccionar as “escápulas” das verbas do Orçamento para fora das escolas. Dizem que não se resolvem problemas apenas lançando dinheiro sobre eles, mas já aceitam se o dinheiro for lançado na sua direcção. E nesses interesses estão grupos de “especialistas”, por vezes com chancela académica, mas outros casos apenas com o carimbo do chico-espertismo empreendedor dos tugas, daqueles que têm ideias “brilhantes”, estratégias “mágicas” e centros de “excelência”. Há de tudo um pouco… de ex-governantes a ex-muitas coisas convertidos à causa da Educação agora que escorrem subsídios, quantas vezes apenas com coisas coladas a cuspo, depois de copiadas algures.

Mas parece que agora o “sucesso” é assim. E a “descentralização”. E há quem colabore. Porque há sempre migalhas que escorregam da mesa para os regaços de quem lá fica a dizer que sim.

Seria interessante que houvesse a coragem de ir divulgando certos “negócios”, com fundamento, dados concretos, nomes repetidos aqui e ali, dossiers replicados. Mas os tempos andam agrestes para a “investigação”.

paraq

2ª Feira

Estes dois dias de “aulas” fazem sentido? Só se for para quem não cumpre aquelas regras – que por vezes são das primeiras pessoas a querer impor – de não marcar testes nos últimos dias de aulas. O que será complicado para quem tenha só um bloco ou dois tempos por semana, mas dificilmente para o resto. Então para que servem as grelhas e tabelas para “articulação” e “coordenação” da avaliação?

Bigorna

(e não é verdade que tudo melhore maravilhosamente com semestres…)