2019 – Balanço (Não Ficção, Inglês)

Já expliquei que a opção pela compra regular das edições em paperback alia a poupança na carteira à do espaço nas estantes, mesmo se ameaça a longevidade do cartapácio.  Fica aqui o melhor do que fui acumulando este ano em matéria de leituras, não necessariamente comprados ou publicados este ano, como é fácil constatar, nem sempre lidos na totalidade (casos do The Spy and the Traitor ou do Homo Deus), porque há momentos em que apetece “saltar” para outros. Neste aspecto, gosto de seguir em parte a lógica do Nick Hornby na sua coluna no The Believer. Há coisas que se compram e vão ficando à espera para serem lidas.

Entre todos, recomendo o 24/7 de que existe edição nacional da Antígona (descontando uma parte do final, que se torna irrelevante para a tese nuclear), o Everybody Lies (que permite umas inesperadas boas gargalhadas à custa dos dados sobre as pesquisas no google) e o The Establishment.

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Sábado

O analfabetismo funcional que é possível observar nestes dias de compras e trocas de prendas, pagamentos apressados em multibancos ou outras operações complexas como enviar uma encomenda pelo correio físico, sem ter nenhuma app a ajudar é algo indescritível. É verdade que muitos impressos parecem ter sido elaborados para confundir quem não seja mestre em administração inovadora da treta, mas não é menos verdade que há quem nem consiga saber qual é o lado de cima ou de baixo das coisas. A falha é do sistema educativo ou da adesão acrítica à facilidade de clicar em bonequinhos nos zingarelhos para que as coisas pareçam feitas?

Ontem, no Governo Sombra, o muito elogiado convidado especial Adolfo Mesquita Nunes, chegando à Educação, considerou como medida mais prioritária o “rever os conteúdos” (acrescentando que mais do que os currículos) das disciplinas para os adaptar à nova Economia Digital.

Parecendo uma coisa evidente e incontroversa, a mim parece o contrário, pois se um dia os chineses apagam a luz ou os russos cortam a net isto vai parecer um formigueiro desorientado a quem cortaram o carreiro ou uma epidemia de baratas atarantadas por terem de descobrir o caminho para os sanitários sem o wake e o gps.

Barata