PCP Mainstream

O voto de abstenção que o PCP adoptará na votação na generalidade do OE é assumido como uma forma de não fechar as possibilidades de avançar nesse sentido, de defesa, reposição e conquista de direitos e de resposta aos problemas estruturais com que o País está confrontado, ainda que partindo de um orçamento cuja proposta na sua formulação actual está distante das necessidades do País.

Recomendo a leitura dos “aspectos” pelos quais o PCP considera importante bater-se, pois é evidente a ausência de qualquer referência à valorização das carreiras da função pública, muito menos a qualquer recuperação de tempo de serviço, restando as formulações vagas sobre “valorização dos serviços públicos”. E sobre a Educação, nenhuma menção específica, parecendo que tudo se vai limitar a “creches gratuitas” para que a “escola a tempo inteiro” ao serviço de horários de trabalho desregulados seja uma realidade desde a mais tenra idade.

O PCP, tantas vezes acusado de ortodoxia e rigidez, depois de uma experiência de proximidade em relação ao poder executivo, parece ter adoptado uma flexibilidade assinalável, não percebendo de forma clara que foi assim que se enterrou nas últimas eleições autárquicas e legislativas. As suas “conquistas negociais” serão sempre vistas pela opinião pública como opções do governo do PS e não como cedências, por muitos outdoors que coloquem a anunciar as suas “causas”.

Quarenta anos depois, parece que o eurocomunismo chegou à Soeiro Pereira Gomes.

Pizza

 

 

Se Há Coisas Para Que O 1º Ano Do Curso De História Me Serviu (E Não Sei Se Foi Para Muito Mais) …

… por muito chata que na altura a cadeira parecesse (Teoria das Fontes e Problemática do Saber Histórico, salvo erro de vetusta memória), foi a ter respeitinho pelas “fontes” e, mais do que aprender técnicas de pesquisa, referi-las (às fontes) com clareza, não fazendo passar por nosso o que é alheio (ao menos que se deixe a coisa em aberto…), em especial quando se usa isso para um qualquer destaque individual. Acontece em teses, claro, mas não só, porque o espírito é fraco e o google uma tentação.

clio

Um Desabafo

Não é meu, mas de um colega que se identificou devidamente, mas pediu o anonimato.

Caro Paulo,

Se quiser, se lhe apetece, disponha e partilhe mais este desabafo!!!!

Estou, ao fim de dois dias, estarrecido!!! Isto é a nossa realidade: das coisas que mais me chocam, que me arrepiam os cabelos que já começam a esbranquiçar, é este regresso à escola! Turmas há, que nestes primeiros dias, exibem sem qualquer filtro as sapatilhas e roupas de marca e, especialmente, os “maquinões”, topos de gama, que custam um dos meus ordenados, aos quais chamam telemóveis!!!

Até parece inveja, certo??? Não! Não é!!! É revolta!!!

Como é que neste nosso país, onde reina o desgoverno, temos equipas ministeriais a oferecerem livros a jovens que, posteriormente, na sala de aula, não trazem sequer um mísero lápis ou caneta???

Tadinh@s!!! São carenciados!!!! Pois são…. São carenciados de valores, são carenciados do verdadeiro sentido da necessidade!!!! O tempo passa e a verdadeira essência do papel docente perde-se!!!!

No meio do circo todo ainda temos algum@s atrevidot@s que reclamam do material que “a escola dá”! Haja paciência, bom senso e, especialmente, capacidade de viver neste circo!!! Em vésperas de aprovação (ou não) do orçamento de estado, era tão bom que aquel@s que legislam, que sonham nos belos e caros gabinetes ministeriais, deixassem de dar “pérolas a porcos”! Os livros, o restante material são destruídos em menos de nada, são esquecidos, não interessam….

Não interessam estes, não interessa a figura d@ professor@!!! Interessam os “maquinões” e as marcas pagas, muitas vezes, digo eu, às custas dos nossos descontos!!!

Haddock