Uma das minhas séries favoritas (e das mais subvalorizadas) dos anos 90.
Dia: 13 de Janeiro, 2020
This Was The Day
Hoje, uma colega e amiga comunicou-me que não quer voltar mais à escola e ao ensino. Que está esgotada de tudo isto, incapaz de lidar com a máquina trituradora que tem sido colocada em prática no quotidiano docente nos últimos 15 anos e em especial desde o ECD de 2007. Que não se importa com as consequências, nomeadamente as financeiras (está a uma dúzia de anos da idade para a aposentação), desde que isso signifique que a sua saúde (física e mental) possa deixar de estar em risco.
E eu compreendo-a.
Porque a dado momento o “sistema”, como a tantos outros, traiu as suas expectativas com argumentos falseados. Um sistema que não podemos já limitar apenas ao mandato negro da reitora sem avaliação MLR porque ninguém a seguir reverteu algo de minimamente relevante, incluindo o nulo Tiago e o seu bem falante, mas hipócrita, secretário João. Que querem sempre mais, nada dando em troca. Em pouco se distinguindo do demonizado Crato. Mas é aqui que nem tudo é culpa do “sistema” ou da super-estrutura política, havendo muitas outras responsabilidades à escala micro, nomeadamente da parte de quem até gosta de ver partir, em jeito de selecção natural à sua medida, quem acha mais “fraco”. Quando por isso se entende quem tem o seu horário completo a cumprir todos os anos; ou quem sente que assim “sobe um lugar” na escala dos (de)méritos e vê alguém sair-lhe da frente.
Mas também têm responsabilidades aquelas luminárias, como uma que ouvi no sábado, que argumentam que os professores estão demasiado “amargurados” e que as suas “frustrações” não são razão para não serem carne para canhão de mais uma experienciazinha pseudo-pedagógica. Em regra, é gente que enche a boca com “utopias”, mas que não perde ocasião para serem presidentes disto ou directoras daquilo. Porque não há nada como mandar as tropas para a frente de batalha, para serem dizimadas, à maneira das tácticas militares sacrificiais dos generais de rectaguarda da Grande Guerra de 14-18, tão certeira e violentamente caricaturadas na cena final da série Black Adder.
Sim, quem leva a vida em corredores, gabinetes e a debitar a mesma conversa durante décadas ou quem passa parte do seu dia de rabo sentado, bem longe dos alunos, tende a não conseguir entender certas “frustrações” e “amarguras”. Gente que, há que dizê-lo com frontalidade, podem ser excelentes mães e pais de família, mas que como gente da Educação (hesito quanto a “colegas”) são uma lástima.
Provavelmente, amanhã – como em outros dias – alguém que se dedicou décadas à docência irá partir, sem ficar com saudades do que vai deixar. E isso é triste. Para mais, porque é uma das pessoas da “fundação” do que deveria ser a “sua” escola.
É esta a “herança” que deveria ser esfregada na cara de reitoras, conselheiros, articulistas, gestores e demais rabos sentados, fora ou dentro das escolas.
Ao menos que seja o primeiro dia de algo melhor.
You pull back your curtains
And the sun burns into your eyes
You watch a plane flying
Across the clear blue sky
This is the day
Your life will surely change
This is the day
When things fall into place
Ide Explicar Isso Aos Génios Aqui da Minha Zona (E Outras)
Uma vez confrontei uma dessas criaturas que sabe tudo sobre o crescimento das árvores. Não gostou, chamou reforços e, claro, chamaram-me ignorante porque eles é que têm o canudo.
Por essas e outras é que eu já nem tento sequer debater seja o que for quando se está perante grunhos encartados (e os seus braços acéfalos na forma de quem faz “apenas quilo que me mandam”).
Uma árvore podada vive em média “um terço do que viveria sem podas”
Sessenta anos depois da publicação de A Árvore, de Francisco Caldeira Cabral e Gonçalo Ribeiro Teles, a incultura continua a ser uma ameaça para estes seres vivos, denuncia o paisagista Manuel de Carvalho e Sousa.
As Grandes Causas
O que o PCP ainda gostava mudar no Orçamento: aumentos para todas as pensões, escalões do IRS e englobamento
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Entre as medidas que o partido de Jerónimo de Sousa apresenta para esta fase de especialidade está o desdobramento dos escalões do IRS para criar um novo – o oitavo -, para quem ganha mais de 250 mil euros por ano (neste momento, o último escalão abrange qualquer trabalhador que ganhe mais de 80.882 euros). Isto apesar de o Governo já ter indicado que este ano não haverá disponibilidade para mexer nos escalões, assim como no englobamento obrigatório de rendimentos prediais e capitais, em que o PCP volta a insistir para quem tenha rendimentos superiores a 100 mil euros anuais (Mário Centeno prometeu, na discussão do Orçamento,voltar a esta questão em 2021).
Ainda sobre IRS, o PCP quer que os escalões sejam atualizados não à taxa de inflação existente mas sim à esperada para o próximo ano (ou seja, de 0,3% para 1%), de modo a evitar que se perca poder de compra.
Outra proposta não acordada com o Governo a que o partido volta é um novo desdobramento dos escalões da derrama estadual do IRC (ou seja, a criação de um escalão para as empresas que têm um lucro tributável entre 20 a 35 milhões de euros). Volta a intenção de repor todo o tempo de serviço das carreiras especiais, incluindo as dos professores, já a partir de 2020 – embora o “como” fique para a negociação com os sindicatos. E o PCP insiste na redução do IVA da energia para 6%, o reforço do abono de família ou a eliminação do fator de sustentabilidade.
O QUE JÁ FOI NEGOCIADO
Depois, há as medidas que o PCP apresenta sabendo de antemão que há margem para a sua aprovação – ou, pelo menos, para versões minimalistas, que espera ver ampliadas durante as negociações da especialidade. É o caso da revogação das taxas moderadoras até ao final de 2021, da criação do laboratório nacional do medicamento ou o aumento das pensões – o PCP quer uma “atualização mínima de dez euros” para todas, sendo que já foi garantido aos partidos de esquerda, nas negociações que decorreram até agora, um aumento extraordinário em linha com o que tem acontecido nos últimos anos (seis a dez euros).
Se as creches têm sido um dos grandes cavalos de batalha do PCP nesta negociação, as conversas pré-votação terminaram com uma certeza: o complemento-creche passará a tornar a creche totalmente gratuita para os filhos dos casais no primeiro escalão de rendimento. Agora, os comunistas insistem: além disso, o Governo deve tomar medidas para que a gratuitidade seja garantida a todas as crianças até 2023. Outra das medidas que têm sido conversadas nos bastidores, sabe o Expresso, é a do aumento do mínimo de existência (o valor abaixo do qual se fica isento do pagamento de IRS): os comunistas pedem um aumento dos atuais 9150 euros para 9706.
Bloco quer fim do fator de sustentabilidade e da isenção de IMI para os partidos
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Entre as novidades apresentadas pelos bloquistas nesta fase, encontram-se a proposta para que os partidos deixem de estar isentos do pagamento de IMI e o fim do fator da sustentabilidade nas pensões. O partido de Catarina Martins quer ainda, tal como o PCP, voltar a desdobrar os escalões da derrama do IRC – isto é, criar um escalão novo para as empresas com lucros entre 20 e 35 milhões de euros – e volta a uma das suas medidas mais emblemáticas: o apoio aos trabalhadores por turnos, neste caso reduzindo dois meses na idade de reforma por cada ano de trabalho por turnos.
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AS “GARANTIAS REAIS” QUE JÁ FORAM DADAS
De resto, o que acontece é que o partido apresenta as medidas com que já sabe que poderá contar no desenho final do Orçamento do Estado, uma vez que foram acordadas com o Governo, à vigésima quinta hora, ainda antes da votação na generalidade. É o caso do plano de emergência para a Saúde, que concretiza o fim das taxas moderadoras e reforça as verbas para o SNS; a indexação do Complemento Solidário para Idosos ao limiar de pobreza este ano; ou a redução em 20% das propinas.
2ª Feira
Hoje, por exemplo, podiam ligar o farol de nevoeiro como deixaram estar a semana passada toda, mesmo com sol. No fim de semana lá desligaram a coisa, mas hoje – pelo menos por aqui – dava jeito. Já quando chove, só desajuda. Em contrapartida, a estrada continua com a mesma largura, não precisam de se meter no meio. Muit’agradecido.