Realmente, mesmo aqueles que estão convencidos de que a escola deve se adaptar à “vida moderna” e “tornar-se mais eficaz” não estão prontos para elevar o nível de formação e de profissionalização dos professores. Eles mantêm novas expectativas com relação ao sistema educativo, mas recusam¬se a admitir que isso custe um centavo a mais. Sua ambivalência tem um duplo fundamento:
- sabem que não se pode formar professores com um nível mais alto e dar-lhes mais responsabilidades sem pagá-los melhor; ora, os porta-vozes da economia sempre sonharam com uma eficácia crescente que não exigisse nenhum novo investimento;
- eles temem que os professores formados numa prática reflexiva, para a participação crítica e para a cooperação, tornem-se os contestadores em potencial ou, pelo menos, interlocutores incómodos.” (Philippe Perrenoud, “Formar professores em contextos sociais em mudança. Prática reflexiva e participação crítica” in Revista Brasileira de Educação, Set-Dez 1999, n° 12)
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