Aquilo Do Limite Do Número De Alunos Por Turma?

Deve ser como os horários dos comboios da CP na margem sul nos anos 80. Servem para dar uma ideia da coisa, nunca para retratar a realidade. Com a chegada em barda nos últimos meses de malta dos PALOP e do Brasil, não interessa se tem vários ex-NEE/ actuais 54’s com RTP/CEI ou o que for. Se é turma “regular” ou “especial”. Então as turmas com PLNM é só rir. As mesas e cadeiras acabaram. Agora só no balcão. Ou em camarote. A “autonomia” é uma miragem, porque os serviços centrais mandam matricular de qualquer maneira, exista vaga nas turmas ou não.

Cadeiras

Os Coreógrafos Do Regime

Não é bem por ordem cronológica, mas talvez seja pela ilógica.

  • O Bloco e o PCP defendem a descida do IVA da electricidade, pois esta deve ser considerada como “bem essencial”.
  • O PS diz que é uma irresponsabilidade orçamental, apesar do magnífico superavit.
  • O Bloco e o PSP dizem que o PS não tem maioria absoluta e deve negociar.
  • O PS faz uma proposta de descida diferenciada que sabe ser ilegal de acordo com as directivas comunitárias.
  • O PSD faz uma proposta de alteração ao OE que contempla a descida do IVA da electricidade para 6%.
  • O Bloco e o PCP dão a entender que poderão apoiar esta medida.
  • O PS diz que é uma irresponsabilidade orçamental, apesar do magnífico superavit.
  • O PSD diz que faz propostas de redução de outras despesas (como os chamados “consumos intermédios” dos gabinetes ministeriais) para compensar esta descida, apesar do magnífico superavit.
  • O PSD diz que, se chumbarem essas propostas de compensação da despesa, não avança com a da redução do IVA.
  • O Bloco e o PCP., por abstenção ou voto contra, inviabilizam parte dessas propostas.
  • O PSD deve retirar a proposta de redução do IVA da electricidade.
  • O IVA da electricidade vai manter-se nos 23% como no início de todo este processo (com o paralelo anúncio de algumas “esquerdas” que o governo cedeu em qualquer outra coisa que eles queriam).

Sou só eu a achar que isto faz lembrar, em versão ainda mais apalhaçada, a questão da recuperação integral do tempo de serviço dos docentes?

E que tudo isto não passa de uma enorme encenação em que o PS faz o que quer e os outros fingem que fazem qualquer coisa de diferente?

clown

Os Troca-Tintas Do Regime

O Ricardo Araújo Pereira, no Governo Sombra desta semana, lamentava não ter atingido ainda o estatuto daqueles que, mudando de opinião conforme os seus interesses, declaram que o seu pensamento “evoluiu” e escapam a ser tratados como meros troca-tintas. Ele referia-se assim a alguém que, em matéria de divulgação de informação “reservada” terá sido contra a publicação das escutas do Apito Dourado, mas a favor da divulgação dos mails do Benfica. Que considerava “abjecta” o conhecimento público de documentos relacionados com o caso Marquês, mas já acha que é de interesse público a publicação da papelada de Isabel dos Santos.

Já agora, num evidente non sequitur, gostaria de reconhecer que, afinal, o abnegado trabalho intelectual ainda compensa.

Miguel Sousa Tavares foi aos saldos do Novo Banco comprar casa

Comentador pagou 1,2 milhões por um imóvel em Lisboa, referindo que o banco estava “à rasca” para vender. Mas assegura que o negócio não envolveu o compadre Ricardo Salgado.
Monopolio

Notícias Sortidas Do Bananal

O encaixe bilionário da Oi com a venda da Unitel era o capítulo que faltava na incrível história de destruição de valor ocorrida numa empresa que foi um símbolo do país no mundo. O fim da PT merece figurar numa antologia de grandes patifarias empresariais do século e devia servir de advertência para quem ainda defende as ‘golden share’ e o capitalismo de compadrio que vive da promiscuidade entre política e negócios.

A CGD financiou várias operações de Isabel dos Santos, nomeadamente na tomada de posição na Nos, e a Efacec é uma das devedoras do banco público.

O Tribunal da Relação de Lisboa revogou mais uma decisão do juiz Ivo Rosa. Desta vez, está em causa uma decisão de arquivamento na fase de instrução criminal no caso que envolve a companhia aérea da Sonangol — chamada Sonair — e diversos responsáveis da TAP num esquema de branqueamento de capitais que terá alegadamente beneficiado diversos responsáveis de topo angolanos.

Apesar de os advogados estarem há vários anos obrigados por lei a reportarem operações suspeitas de lavagem de dinheiro, praticamente não existem participações feitas por estes profissionais da Justiça no âmbito do combate ao branqueamento de capitais. 

 

shin