Decidi explorar o maravilhoso mundo dos massive open online courses. Há umas coisas nacionais com algum interesse e muitas coisas lá fora. A generalidade das maiores universidades têm-nos e de borla para quem quiser “frequentar” e a 40-50 euros para quem quiser ficar “certificado” por Harvard, Yale, Stanford ou pelo MIT. Por cá há umas borlas, umas coisas assim para o carote (o dobro dos de lá de fora) e a velha habilidade de cobrar mais quando certifica créditos pós shores professores.
Dou um exemplo: inscrevi-me num anunciado como sendo de borla, mas certificado e tudo, só que para outro grupo disciplinar. Mas o tema interessava-me. E lá me “matriculei”, mesmo se nem preciso, por agora, de créditos. No dia de arrancar, não arrancou. Ficou para uma semana depois. No dia do segundo arranque, descubro que, afinal, a minha “matrícula” tinha sido “deslocada” para uma de duas variantes do curso (a “geral”), sendo que esta já seria para todos os grupos disciplinares com certificado em troca de umas dezenas de euros (80), não publicitados no anúncio online do curso. O curso em que me tinha inscrito passou a ser frequentável apenas por “convite”. O pessoal começou a protestar no espaço de “debate”. Com razão. E começarem a dizer que, coiso e tal, existiam dois cursos, um “aberto” e o outro “fechado”. O que não era verdade quando me inscrevi. Por estas bandas, basta cheirar à possibilidade de negócio e não há nada garantido. Eles é que são os “donos” da coisa.