Grande MOOCA

Decidi explorar o maravilhoso mundo dos massive open online courses. Há umas coisas nacionais com algum interesse e muitas coisas lá fora. A generalidade das maiores universidades têm-nos e de borla para quem quiser “frequentar” e a 40-50 euros para quem quiser ficar “certificado” por Harvard, Yale, Stanford ou pelo MIT.  Por cá há umas borlas, umas coisas assim para o carote (o dobro dos de lá de fora) e a velha habilidade de cobrar mais quando certifica créditos pós shores professores.

Dou um exemplo: inscrevi-me num anunciado como sendo de borla, mas certificado e tudo, só que para outro grupo disciplinar. Mas o tema interessava-me. E lá me “matriculei”, mesmo se nem preciso, por agora, de créditos. No dia de arrancar, não arrancou. Ficou para uma semana depois. No dia do segundo arranque, descubro que, afinal, a minha “matrícula” tinha sido “deslocada” para uma de duas variantes do curso (a “geral”), sendo que esta já seria para todos os grupos disciplinares com certificado em troca de umas dezenas de euros (80), não publicitados no anúncio online do curso. O curso em que me tinha inscrito passou a ser frequentável apenas por “convite”. O pessoal começou a protestar no espaço de “debate”. Com razão. E começarem a dizer que, coiso e tal, existiam dois cursos, um “aberto” e o outro “fechado”. O que não era verdade quando me inscrevi. Por estas bandas, basta cheirar à possibilidade de negócio e não há nada garantido. Eles é que são os “donos” da coisa.

Carteira

 

Parece Que Perceberam…

… que os manuais não devem ser reutilizados, pelo menos no 1º ciclo. O engraçado é ler as declarações de todos aqueles (tirando os editores, claro, e os pais só depois de receberem manuais riscados) que não tinham bem tal opinião, depois dos senhores que negoceiam o orçamento decidirem assim, mas agora já acham que assim é que está bem. Isto já não me desgosta, apenas cansa.

Tiro

(e eu acrescento sempre a questão da “memória” que para muitos é importante… porque embora saiba que muita gente dá pouco valor a isso, há quem goste de revisitar o seu passado…)

 

 

Porque O Rui Pinto Nunca Teve Grandes Hipóteses De Escapar…

… mesmo se o mais descarado (Rangel) foi apanhado.

“Esta semana dei-me conta de um caso que toda a gente aí discutiu. Um caso de um juiz que pediu escusa por ser sócio de um clube de futebol e não foi aceite essa escusa, o que é estranho. É estranho quando circula por aí, por exemplo, uma lista, que até hoje não vi ser desmentida por ninguém, de 44 juízes portugueses que recebiam bilhetes grátis do Benfica. Grátis, entre aspas”, declarou Ana Gomes, no habitual espaço de comentário na SIC/Notícias.

Segundo a antiga eurodeputada nessa lista consta “um membro do atual governo que até fez parte de um coletivo, que determinou a prisão preventiva de Rui Pinto” mas também terá “o próprio presidente do supremo Tribunal de justiça, que é também presidente do conselho superior da magistratura. Isto é, o órgão que promove os juízes”.

Ora, no primeiro caso, trata-se de Antero Luís, um dos três juízes do Tribunal da Relação de Lisboa, que manteve Rui Pinto em prisão preventiva. Actualmente, Antero Luís é secretário de Estado da Administração Interna.

bollocks-bollocks-and-more-fucking-bollocks

O Problema É Que Não Há Meios Para Todos

E depois as experiências são muito interessantes, mas restritas a algumas salas, algumas turmas e a uma minoria de alunos.
Se estas opções me agradam muito? Claro que sim… Tomara eu não ter cadeiras e mesas quase do século XIX na maioria das escolas não intervencionadas durante a “festa” da senhora reitora.

Designing flexible learning spaces

3ª Feira

Na falta de assuntos importantes, o PR decide sugerir uma revisão constitucional para antecipar as eleições legislativas uns meses porque em Outubro dificultam um Orçamento de Estado a tempo e horas. Como se isso fosse um grande problema, agora que vivemos de cativação em cativação. E se existem planos plurianuais, nem se percebe muito bem o grande problema.

Quanto à abstenção, no fórum da TSF claro que teria de aparecer alguém a sugerir que só se desenvolvem “ferramentas cognitivas” nos futuros cidadãos se a escola fizer esse trabalho e, como seria de esperar, lá sugeriu a ideia de uma disciplina para o efeito. O que iria ser bonito. Eu já não tive aquela de Organização Política e Administrativa da Nação, mas ainda tive Introdução à Política no 9º ano. Não tenho especial memória de ter contribuído muito para a minha cidadania activa. E gostava de ver a coisa regressar e ser dada conforme os venturas ou joacines deste país. Um nacionalizava tudo, a outra descolonizava logo os conteúdos.

Mas… com o Perfil do Aluno para o século XXI e a disciplina de Educação e Cidadania eu pensava que já estávamos bem servidos de “ferramentas” para levarmos os alunos à utopia e mais além.

Surdez