Máquinas De Lavar

Pinto da Costa suspeito de fraude e lavagem de dinheiro

Luís Filipe Vieira investigado por fraude fiscal e lavagem de dinheiro

Venezuela: Dias Loureiro e António Vitorino sob suspeita

E, subitamente, parece que alguém quer que a coisa não se estenda por aí acima.

«Acabaram as investigações a políticos». Ordens da PGR limitam actuação do Ministério Público

Scream

 

A Deputada Joacine E Porque Não Gosto De Escrever Sobre Ela

As razões são óbvias:

Sou um homem caucasiano, europeu, de meia idade, heterossexual, pelo que qualquer crítica que lhe dirija pode, de forma automática, ser apresentada como uma postura machista, misógina, racista, neocolonialista, xenófoba, paternalista e intolerante. A estratégia usada por ela e pelo seu assessor/tocador de gaita de foles (pimba! boca foleira, típica de tudo o que acima escrevi) de vitimização imediata tem alguma eficácia porque nos transforma a todos os que dela discordam numa variante de eleitores do Chega. Porque ela precisa deles ou de dar a sensação que muita gente a “ataca” sem razão e apenas por “preconceito”.

Mas, dito isto, a deputada Joacine que há uns tempos falou poeticamente em “amor” relação à necessidade de aumentar o salário mínimo, votou contra a descida do IVA para que o governo não caísse (algo que já se sabia estar fora de questão).

A deputada Joacine é muito mais inteligente (e mesmo esperta) do que pode parecer. Está a trabalhar para uma carreira brilhante na política nacional. E, acreditem, pouco tem a ver com aquilo que antigamente se chamavam “princípios”. É uma pragmática seduzida pelo poder. Mesmo pelos poderzinhos.

EL+LOBO+DEL+AMOR

 

O Que O PCP Não Percebeu

O problema da erosão do eleitorado do PCP não se explica com a tese simplória da “ortodoxia” que não cativa os “jovens”. Para um partido com 10% basta atrair 1 em 10 eleitores “jovens”. Ora, em 2019, ficaram-se pouco acima dos 6% e se a maioria dos seus eleitores está acima dos 50 ou 60 anos, bastaria 1 em 20 “jovens” para manter a coisa nos dois dígitos. Não é coisa difícil, Basta ver que o grupo parlamentar do PCP até é bastante jovem em termos cronológicos.

O problema do PCP é que, tendo-se rendido por completo à real politik do arco periférico da governabilidade, parece feliz por ter mais elogios do actual PM do que o Bloco e ter mais votos para oferecer para defender a “responsabilidade orçamental” e manter a estabilidade “burguesa” do que o PAN. Porque mesmo entre os adversários, o PCP sempre manteve – mesmo quando não esteve propriamente à altura de tais pergaminhos – a imagem de uma postura “ética” ou “moral” de alguma superioridade. Claro que a nível local conhecemos a forma como as coisas funcionam, sem grandes fidelidades à tal “ortodoxia”, mas a verdade é que quase todos olha(va), o PCP como o vigilante que poderia manter o PS afastado das piores tentações chuchalistas.

Mas isso não aconteceu e o camarada Jerónimo, por mais outdoors que mande colocar à beira das estradas a reclamar “conquistas” para o seu potencial eleitorado mais desfavorecido, nunca conseguirá apresentar como suas medidas de que o PS será de longe o principal beneficiário nas urnas. Para um partido “revolucionário”, esta postura de garante preferencial da boa governação é fatal, porque se perde o principal elemento identitário, goste-se dele ou não. O PCP atrairá um eleitorado específico se for “diferente”, mesmo que criticado. Se tiver coragem de ser contra o sistema que sempre criticou.

Ora… agora parece que o que há mais é pizzas fora de horas. Paz à vossa alma. Se é que os vossos escritos sagrados autorizam que a tenham.

Pizza

A Marechala

É engraçado como ainda há quem ache que esta senhora era vagamente sincera naquelas declarações de outrora e não uma mera operacional de interesses que ela não compreendia ao chegar, mas abraçou logo que viu que ainda poderia ter meia vida de carreira pela frente.

Fez-se eleger reitora sem avaliação porque era “burocrática” e lá no exército dela, afinal, chega quase toda a gente a “general” num instante. Basta um contrato à maneira com os ex-colegas de governo.

ISCTE acelera acordo e coloca metade dos professores no topo da carreira

MLR avalia

5ª Feira

Roça a obscenidade política toda a novela do IVA do gás e electricidade. Votar as contrapartidas antes de se votar a medida a que se aplicam é de uma maravilhosa singularidade. Assim como guardar para o fim as votações que, na devida ordem, podem causar birrinhas, dando tempo para negociatas de bastidores.

E depois queixam-se que os “populismos” nascem de fenómenos de iliteracia disto ou daquilo. Não, eles nascem de se constatar que temos quem ache que é por manter o IVA da luz em 23% que eu acendo velas em casa após o anoitecer. Ou que passo a tomar banho com água gelada. Que o ambiente se defende com impostos, enquanto se destrói a cobertura vegetal do país ou se criam excepções em série para construções em zonas protegidas. Quando muito pouco se faz para reduzir a poluição industrial ou a eficácia energética das grandes indústrias.

Há um dia ou dois, o nosso excelso PM declarava que era uma “bizarria” dar-se atenção aos novos partidos na comunicação social. Bizarro é ter décadas a fio gente a comentar sem qualquer contributo para nos esclarecer, funcionando apenas como correntes de transmissão das chefias partidárias e interesses pessoais. Gente que, em muitos casos, assistiu de camarote ou colaborou, nem que seja por omissão, em políticas de transparência altamente duvidosa. “Economistas” de ocasião que nada viram de grave anos a fio nas negociatas em torno da PT e da banca privada ou políticos, incluindo com responsabilidades executivas, que acharam que tudo foi uma “festa”. Comentadores que saltitam da vida política para administrações de grupos económicos, com apeadeiro em gabinetes de advogados. Para quem Angola era o paraíso dos negócios até terem medo de apanhar com salpicos de petrodólares corruptos.

Os “populismos” nascem de uma classe política de oportunistas que mentem sem pudor ou de invertebrados que saboreiam os ventos. Esta é uma tirada demagógica? Lamento, mas parece mais ser um retrato de uma realidade que não muda. Porque agora acusa-se de serem “demagogos” aqueles que denunciam a verdadeira demagogia do “ambientalmente irresponsável” e do “socialmente injusto”. Porque há “paradigmas” que parecem impossíveis de substituir.

Alcatrao