Há muitas formas de o poder local exercer a sua influência sobre o modo como o pessoal docente é gerido e avaliado. Podem dizer que não querem fazer os concursos, mas querem fazer muitas outras coisas. Mas, como acontece tantas vezes, fazem-no com recurso a concepções que me fazem lembrar a pré-história de algumas profissionalizações dos anos 90. Porque encalharam por ali e os “conceitos” cristalizaram.
Eis as instruções para a observação de aulas num agrupamento à beira-Tejo, ali mais como quem sobe da lezíria. Claro que o senhor Presidente da Câmara já foi, algures no passado, professor,
Orientações para o processo de Observação Mútua de Aulas
Na sequência da experiência realizada nos anos letivos anteriores e contribuindo para o objetivo definido no Projeto Educativo Municipal (Eixo 1, Meta A 1.2), a observação mútua de aulas no presente ano letivo decorrerá, uma vez mais, numa perspetiva de trabalho colaborativo; assim, pelo menos 40% dos docentes de cada departamento procederá à observação mútua de duas aulas em dias diferentes.
Dado que o processo de observação de aulas pode ser um contributo relevante para o desenvolvimento profissional de todos nós, envio um documento para orientação da tarefa da observação de aulas, fornecendo alguns exemplos de focos de observação tais como as atividades / estratégias implementadas, as formas de comunicação, o discurso do professor, os materiais utilizados, a interação na sala de aula e o controlo da disciplina. Serve também de base à recolha de informação durante todo o processo. O professor observado e o professor observador podem selecionar, por mútuo acordo, os focos de observação que entenderem ser mais pertinentes. Não é obrigatório que selecionem todos os focos mencionados.
No encontro pós-observação de aulas entre os dois docentes devem fazer uma reflexão com base nos registos efetuados e fazer um balanço do processo.
O doc. enviado em anexo, depois de preenchido, ficará apenas na posse do par de professores intervenientes na observação mútua e o seu conteúdo é sigiloso.
Cada par:
– deverá, para cada um dos elementos, agendar entre si duas aulas a serem observadas até final do mês de maio (por exemplo uma observação no 2.º e outra no 3.º Período) numa aula de 90 minutos ou de 45 minutos de acordo com o estipulado pelo par pedagógico. Esta calendarização não pode implicar perda de aulas para as turmas dos professores envolvidos.
– deverá informar a coordenadora de departamento do calendário estabelecido para as aulas observadas, através de e-mail, até ao final de fevereiro.
– poderá solicitar na direção formas de compensação do tempo ocupado na observação de aulas.
Concluído o processo de observação mútua, os colegas deverão fazer um balanço da atividade de observação, identificando: – os “ganhos” para o seu desenvolvimento profissional, as dificuldades sentidas e sugestões de melhoria do processo de observação de aulas no futuro. Estas apreciações não deverão incidir sobre as práticas pedagógicas observadas em concreto mas sim sobre a experiência vivenciada.
Assim, cada par deverá elaborar um pequeno relatório em que sejam mencionados os aspetos positivos e negativos do processo para que seja feito o balanço do mesmo no Conselho Pedagógico. O documento deverá ser enviado por correio eletrónico à coordenadora até final do mês de junho.
Em anexo envio, também, um powerpoint apresentado pela professora Maria do Céu Roldão numa sessão de formação sobre Observação Mútua de Aulas que decorreu no nosso Agrupamento .
Sobre o powerpoint penso que não é preciso sublinhar o quanto me faz saltar uns 20-25 anos para o passado. Tem a data de 2016, mas poderia ser a de 1996: SUPERVISÃO- MCR.
E a grelha grita por todos os lados “século XX”. Se isto é uma consequência da “autonomia” e da “inovação”, lamento, mas cheira a mofo.