… em que os serviços centrais do ME eram organismos de natureza técnica e não apenas extensões do poder político. Em que reclamações e recursos hierárquicos eram respondidos em tempo e com fundamentação razoável e não truncada ou pura e simplesmente atropelando a legalidade, pois aposta-se na estratégia da intimidação e, a seguir, do facto consumado, mesmo que se vá para os tribunais.
Se a “autonomia” desses serviços nunca foi total, a a “politização” era mais sensível a nível regional. Mas, mesmo assim, nada que se compare com o que se passou a partir de 2008 e se foi agravando com a combinação da total instrumentalização promovida pelo PS (antes e agora) e a implosão desastrada do Crato que ainda enfraqueceu mais alguns organismos do ME no plano técnico.
Agora, recorrer para qualquer instância no interior do ME é um acto de resistência individual e de teimosia porque as instruções são para responder de modo formatado, sem sequer atender à substância concreta dos factos alegados. Passam-se situações de pura e simples denegação de justiça, com base na crença de que ninguém será, alguma vez, responsabilizado pelos danos causados.
Se isto é motivado por causa próxima? Não, apenas pela conhecimento acumulado de iniquidades ao longo do tempo.
Agora enviam como resposta que a direção da escola é o orgão de gestão e como tal tem competência para a resolução dos problemas. Portanto, ‘eh-pá-não-chateies-e-a-direção-que-resolva-o-assunto’.
Só há o ‘pormaior’ de quando o assunto se refere a uma má decisão da direção…
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Só posso voltar a concordar.
Mas mesmo anteriormente foi sempre um “faz de conta “. Com o Nogas aos gritos e a ” ganhar ” novas inscrições e ganhos em quotas.
Resultado final ? Zero vitórias individuais e coletivas. Sempre !
Jogadas atrás de jogadas !!!
Vivi essa experiência uma vez…ficou tudo em águas de bacalhau e fartei- me dê gastar guito .
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E, em muitos casos, o que se recebe é o aviso de receção.
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É uma desilusão tão grande ver a Escola Pública, por um lado, assim como a sua tutela, por outro lado, mas em sintonia na queda, a esboroar-se… Aliás, por aqui, tudo começa.
Que país é este?
Onde está quem devia servir o país?
A resposta já não passa por ir às urnas, não ficando em casa…
Que horror!…
Eu vejo, e ensino a ver, o “copo meio cheio”, mas agora só consigo vislumbrar o copo estilhaçado.
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A administração pública foi decapitada, por sucessivos governos, que foram distribuindo lugares. Também me lembro, muito bem, de outro rigor e profissionalismo. Nunca perfeito, é verdade, mas com alguma lógica e coerência. Hoje… é melhor não entrar em comparações…
Os professores que terminavam a carreira não saiam com o alívio com que hoje os vejo partir, nem os que ficavam expressavam vontade de os acompanhar, o que hoje me ocorre sempre e ocorre a muitos outros. Isto deve querer dizer alguma coisa sobre a degradação do sistema…
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