Veja-se o caso de Odivelas e do projecto “Repensar o ano letivo como forma de melhorar a aprendizagem dos alunos”. Deixo aqui todo o documento (Semestres_Odivelas_Relatório), porque até me cansa estar a copiar aquelas passagens típicas da escrita de um certo tempo de final do século XX, tão lido por ocasião das profissionalizações feitas nos anos 80 e 90.
Chamo apenas a atenção para o organograma implícito nesta apresentação:
A Câmara (do PS), com a benção do governante (do PS) nomeia uma comissão (ver parte sublinhada) para proceder ao acompanhamento e avaliação de um projecto implementado a nível municipal, convidando para consultor um especialista e ex-governante (do PS).
Essa comissão, formada principalmente por elementos da Equipa de Acompanhamento da Autonomia e Flexibilidade Curricular da Região de Lisboa e Vale do Tejo (nomeada em modelo de dependência clara da tutela), acha por bem dar a sua opinião sobre o funcionamento dos órgãos internos de gestão das escolas, apontando-lhes forças e fraquezas, presentes e futuras naquele modelo muito apreciado da análise SWOT (prefiro a versão portuguesa-brasileira de análise FOFA, mas são gostos).
Podem dizer-me que é apenas um olhar “externo” para “ajudar”, mas mim parece toda uma outra coisa. E tem muito pouco a ver com “autonomia” e ainda menos “diferenciação” pois promove metodologias e modelos únicos de intervenção.